Em evento fechado para a imprensa que ocorreu nesta semana, em São Paulo, a Dell Technologies promoveu discussões acerca do que esperar do futuro com o uso da Inteligência Artificial Generativa. A estratégia da empresa, enfatizando que o uso mais prático da IA começa a valer este ano, é estabelecer-se como uma fornecedora de soluções, destinadas a impulsionar a adoção da tecnologia em diversos setores.
Durante a apresentação, a companhia apresentou dados de estudos que indicam um crescimento significativo desse mercado. O esperado é que cresça a uma taxa composta de 18% nos próximos quatro anos, atingindo um total de US$ 120 bilhões. Diego Puerta, presidente da Dell no Brasil, expressou a expectativa, “acreditamos que 2024 marcará a transição das aplicações de IA generativa de fases de testes e pilotos para casos de uso práticos nas empresas”.
Segundo o estudo da O’Reilly, 85% dos projetos de IA não são entregues e apenas 53%, conforme a Gartner, chegam à produção. Portanto, dentre as dificuldades para a adoção bem-sucedida da IA generativa, estão a falta de pessoas qualificadas, desafios na infraestrutura tecnológica, tipos e volumes de dados, além de preocupações legais, riscos ou problemas de conformidade.
Uma vez que os dados desempenham um papel crucial no sucesso das aplicações dessa tecnologia, assim como podem representar adoções malsucedidas, a Dell destacou a importância de equilibrar proteção e inovação nas possíveis legislações sobre a IA, tanto em nível nacional quanto global, diante dos avanços nos processos regulatórios em todo o mundo. “Acreditamos que regulações são importantes, mas desenvolvimento também é. Portanto, é preciso haver um balanço”, comentou o executivo.
Além disso, a empresa apontou como seria a melhor forma de encontrar uma abordagem eficiente na implementação do uso da tecnologia dentro das organizações. O primeiro passo consiste na estratégia, na qual é preciso obter consenso do uso da IA generativa e traçar um roteiro; seguida pela implementação, preparar dados e implementar a personalização dos modelos; em terceiro está a adoção, aplicar a plataforma e adaptar às necessidades de negócio; finalizando através da escala, que permite ampliar os recursos com cursos de treinamento ou especialistas residentes.
Por fim, Diego Puerta ressalta a importância de estar atento às tendencias, destacando que não é um tópico exclusivo das discussões da equipe de Tecnologia da Informação, ou seja, a o tema da IA deve estar presente nas conversas dos altos executivos (C-Levels) e dos proprietários das companhias, a fim de compreender melhor sobre o assunto. “A jornada de aprendizado, curiosidade e de tentar entender para onde vai a IA vai começar a dar espaço para pilotos, testes e projetos”, conclui.