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Depois do hype, é hora de a IA gerar valor para os negócios, diz IDC

Depois do hype, é hora de a IA gerar valor para os negócios, diz IDC

Segundo relatório da consultoria, em 2024, é esperado que os gastos com serviços relacionados a AI e GenAI ultrapassem US$ 459 milhões no Brasil

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Segundo o relatório IDC Predictions Brazil 2024, o mercado brasileiro de TIC, abrangendo os setores de TI e telecomunicações, deve crescer 5,2% neste ano. E a Inteligência Artificial é o grande destaque das previsões da consultoria, com previsões para que este mercado, abrangendo sistemas tradicionais e generativos, é esperado que os gastos com serviços relacionados a AI e GenAI ultrapassem US$ 459M em 2024.

 

Embora a tecnologia ainda em estágios iniciais, é esperado que os gastos com GenAI mais que dobrem em 2024, contribuindo para que a América Latina atinja um total de aproximadamente US$ 120 milhões em investimentos. “A grande mudança em relação a 2023 é o amadurecimento”, afirma Luciano Ramos, country manager da IDC Brasil, durante coletiva de imprensa realizada hoje (06).

 

A migração de aplicações para a nuvem e a demanda por serviços de TI devem impulsionar um aumento de 8,7% na TI B2B, segundo as previsões. Até 2024, o volume global de dados ultrapassará 157ZB, podendo dobrar até 2027, com aproximadamente 25% já armazenados na nuvem, que cresce a uma taxa duas vezes maior em comparação com os dados não armazenados em nuvem.

 

Para aproveitar ao máximo esses dados e gerar inteligência e valor para os negócios, muitas empresas estão acelerando e amadurecendo suas estratégias. Para 55% delas, a criação de produtos e serviços, o aumento da personalização e a geração de novas fontes de receita dependem fortemente do uso efetivo dos dados. Consequentemente, 41% das empresas entrevistadas para o estudo destacaram que tecnologias como IA, GenAI e Analytics são essenciais para alcançar os objetivos de negócios.

 

“Acreditamos que em 2024, mesmo aquelas organizações que hoje estão, talvez, um pouco para trás, vão acelerar as buscas por soluções modernas e, principalmente, aquelas que são providas a partir da nuvem”, completa Luciano Ramos.

 

Observabilidade

À medida que as organizações expandem seus serviços digitais para se conectar com os clientes, gerar receita e gerenciar suas operações internas, enfrentam desafios crescentes na gestão dessas arquiteturas complexas. Portanto, ao utilizar da observabilidade, uma estratégia para administrar o desempenho dos serviços digitais de forma abrangente, é possível compreender e analisar dados, aplicar modelos analíticos, implementar automação e integrar ferramentas de segurança.

 

De acordo com uma pesquisa recente da IDC, 60% das empresas associam observabilidade ao gerenciamento e monitoramento, enquanto apenas 25% destacam a coleta e correlação de dados para otimização de desempenho como parte integrante desse conceito.

 

Redes móveis

Essa abordagem impulsiona os provedores de conectividade ao oferecer novos serviços alinhados às necessidades das organizações, gerando receitas adicionais e monetizando investimentos em tecnologia 5G. Para as empresas, adotar redes móveis privativas é atrativo devido à personalização para requisitos específicos, como comunicação crítica e IoT, além de um novo modelo de negócios baseado em NaaS (Network as a Service). Em 2024, as implementações deverão superar US$ 220M somente nas linhas de infraestrutura Wireless, serviços profissionais e serviços gerenciados.

 

Crescimento de IoT

 É esperado, segundo a pesquisa, que 60% dos mais de 157ZB de dados estejam concentrados nos endpoints e no Edge Computing. Para o tráfego originado por IoT, essa proporção será ainda maior, atingindo 76% nessas camadas.

 

Arquiteturas centradas em nuvem exigirão recursos de infraestrutura altamente automatizados para impulsionar a transformação e a agilidade dos negócios digitais. Essa automação abrangerá computação, armazenamento e redes.

 

A combinação de tecnologias como W-LAN, SD-WAN, SASE e 5G abordará os casos de uso de IoT, demandando infraestrutura e conectividade mais disponíveis, seguras e eficientes. A segurança é destacada como o critério mais importante na escolha de um provedor de serviços para projetos IoT, com 54% das empresas brasileiras considerando esse aspecto essencial.

 

 

Mercado de Devices

Em 2023, o mercado de dispositivos enfrentou desafios complexos. Apesar da disponibilidade de produtos, os varejistas sofreram impactos financeiros devido à redução significativa na compra dos consumidores.

 

Tanto influências externas, como as disputas comerciais entre os EUA e a China, quanto fatores internos, como incertezas no setor varejista no Brasil, contribuíram para essa situação. No entanto, a mudança mais marcante foi o comportamento dos consumidores, que passaram a atualizar e substituir seus dispositivos com menor frequência.

 

A IDC estima que o mercado brasileiro de Devices gere a soma de US$ 17,2B em 2024, ou seja, queda de 0,3% sobre o valor ajustado referente ao ano anterior.

 

É esperado que, neste ano, haja o lançamento de diversas linhas de Devices como algum tipo de AI. Fabricantes apontam que tais lançamentos serão inicialmente embarcados em produtos Premium.