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NRF: IA segue como protagonista para estratégias do varejo

NRF: IA segue como protagonista para estratégias do varejo

O evento global, realizado nesta semana em Nova York, também destacou a importância das marcas entenderem os padrões de consumo das diferentes gerações a fim de adequar as estratégias de acordo com o perfil de compra

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Durante essa semana, foi realizada a 114° edição da maior feira de varejo do mundo, a Federação Nacional do Varejo (NRF, na sigla em inglês), em Nova York. O evento reuniu mais de 40 mil participantes e a delegação brasileira foi a maior presente, com 4 mil representantes. Durante os painéis e discussões acerca das principais novidades para o segmento, um dos grandes destaques foram as inovações tecnológicas e as significativas mudanças do mercado.

 

A NRF destacou as principais tendências no varejo e a inteligência artificial surgiu novamente como protagonista, prometendo grandes transformações. Além disso, o cenário global pós- pandêmico gerou maiores desafios, como a alta inflação e mudanças nos padrões de consumo. Embora seja significativo valorizar o custo, a qualidade, o valor e o propósito da marca se tornaram essenciais, assim como a sustentabilidade que virou um fator decisivo nas escolhas dos consumidores.

 

Principais tendências

 

Em uma era dominada pelo comércio online, varejistas de lojas físicas estão usando tecnologias, como realidade aumentada, para transformar o espaço de compras. Desde designs inovadores até espaços que oferecem experiências memoráveis, as lojas buscam ir além de simples transações de produtos.

Enquanto isso, a geração Alpha (jovens nascidos a partir dos anos 2010) já impacta as tendências do setor, moldando o futuro do varejo. Suas escolhas de compra e interações com a tecnologia estão redefinindo a experiência de consumo online e offline. Ademais, as estratégias omnichannel, que não fazem parte apenas desse público-alvo, também incentivam na troca de experiência entre serviço e cliente de forma eficiente.

 

Para além da inteligência artificial, tecnologias como a realidade aumentada, realidade virtual e blockchain apresentam o potencial de transformar a forma como envolver produtos e serviços no varejo.

 

Outro tópico levantado que promete ser de grande interesse é o avanço em soluções de pagamentos. Seja pagamentos móveis, carteiras digitais ou criptomoedas, a integração de pagamentos sem contato e soluções financeiras embutidas até a adoção de blockchain, passarão a garantir transações mais seguras e transparentes. Isso contribui com a relação entre consumidor e as opções de pagamento, influenciando na experiência de compra e na fidelização do cliente.

 

Cenário brasileiro

 

No Brasil, o varejo se depara com uma fase histórica desafiadora, influenciada por taxas de juros elevadas e um poder de compra prejudicado pela pandemia. Enquanto grandes empresas brasileiras já adotaram a tecnologia da inteligência artificial em seus negócios desde o ano passado, tanto em lojas físicas quanto online, as médias e pequenas empresas percebem essa realidade como algo ainda fora de alcance.

 

“No Brasil, naturalmente já sofremos um delay quanto às tendências do varejo mundial, como é o caso dos caixas de autoatendimento, que chegaram aqui muito mais tarde do que na Europa e nos Estados Unidos. Agora, o que vejo é, mais uma vez, o receio de médios e pequenos empresários do setor com a IA”, afirma Andrei Dias, especialista no setor e head de vendas da Nexaas.

 

De todo modo, a IA generativa tende a ser o grande destaque para 2024, especialmente por permitir perfilar produtos do e-commerce de acordo com o estilo de consumo de cada usuário, melhorando a jornada de compra. “A realidade que se apresenta é de que não é mais possível pensar um varejo sem tecnologia. Isso inclui mídias sociais e tecnologias para o atendimento físico e digital integradas. Pode parecer algo complexo e caro, mas não é mais. E a inteligência artificial (IA) irá democratizar ainda mais isso”, destaca Ivonei Pioner, presidente da Federação Varejista do RS.

 

Ele também destaca que a fidelização do cliente é outro assunto que precisa ser muito bem trabalhado diante da diversidade do público consumidor, hoje contemplado por cinco diferentes gerações. “Entendê-los e satisfazer suas expectativas é um grande desafio que só a ominicanalidade, incluindo aqui o físico, é que pode nos ajudar nesta tarefa. É importante conhecer a entrega de valor para cada geração e alinharmos as entregas com comodidade e rapidez”, completa Pioner.