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André Côrte, CTO do Pic Pay

André Côrte, CTO do Pic Pay

O papo para a produção desta “Bastidores da TI” foi com André Côrte, CTO do Pic Pay, um ecossistema de serviços financeiros e sistemas de pagamento nascido no Espírito Santo há mais de dez anos e que abrange soluções que vão além do conceito de banco, incluindo meios de pagamento, seguro, previdência, investimentos, shoppings, e-commerce e atuação nos universos BtoB, BtoC, e BtoBtoC envolvendo hoje mais de 35 milhões de usuários ativos.

No ano passado, o Pic Pay movimentou 116 bilhões de reais. André diz que não foi a TI que o escolheu, mas ele foi escolhido por seu perfil. E comenta que sempre se viu atraído por grandes desafios e projetos complexos. E a prática comprova: ele trabalhava na Dataprev quando estourou a pandemia e foi um dos que conduziu a infraestrutura de TI para promover o auxílio emergencial criado pelo governo. E já no Pic Pay foi transferido para o Banco Original, empresa do mesmo grupo, quando aconteceu a incorporação da área de varejo do banco, retornando em seguida para o próprio Pic Pay, onde se encontra hoje.

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Muito além do pagamento

Meu convidado para essa Bastidores, André Côrte, CTO do Pic Pay, se define como uma pessoa sempre atrás de grandes desafios e grandes projetos. E como diz o ditado popular, quem procura, acha, é o que ele tem encontrado ao longo de sua carreira. Para ficarmos nos últimos acontecimentos, André ocupava o cargo de Diretor de Desenvolvimento Serviços e Negócios da Dataprev, empresa de tecnologia da informação do governo, em 2020, quando teve início a pandemia de Covid-19, momento em que o governo instituiu o auxílio emergencial.

“Foi um desafio ímpar, precisávamos desenvolver algo de imediato e com um nível de escalabilidade muito grande.” Outros projetos que ele gerenciou na instituição foram o da reforma da previdência, Meu INSS e carteira de trabalho digital. André conta que não escolheu a tecnologia, “fui meio escolhido por ela pelo meu perfil”. Seu primeiro curso foi de montagem de micros e diz que os pais não entendiam onde ele pretendia chegar com aquilo. Cursou Tecnologia e Administração e disse que isso foi o que o aproximou da gestão e aos 23 anos já ocupava um cargo de liderança de um time grande em uma empresa de outsourcing.

“Esse foi o começo da minha carreira e como sempre gostei de desafios acabei vivenciando vários deles como fusões e aquisições, que só quem viveu sabe avaliar, e privatização, onde a TI inteira tem que ser redesenhada”. E completa dizendo que prefere trabalhar em projetos complexos, “Dizem que gosto de confusão. Na verdade, o que me atrai é mesmo o desafio”. E foi o que o atraiu para o Pic Pay, empesa que é um ecossistema de serviços financeiros e sistemas de pagamento atendendo em ambientes BtoB, BtoC e BtoBtoC shoppings, e-commerce, seguro, previdência, meios de pagamentos e investimentos, para citar alguns, modelo que segundo André vêm crescendo.

De acordo com André, a empresa, ainda pode ser considerada uma start up, mas seu patamar atual contempla 4,5 mil colaboradores, quase metade alocados em TI,  35 milhões de usuários ativos e no ano passado movimentou um total de 116 bilhões de reais. No primeiro semestre deste ano de 2023, a receita do Pic Pay atingiu 1,5 bilhão de reais. André diz que quando entrou a empresa estava crescendo e precisava amadurecer para chegar ao patamar de hoje e para o futuro.

Entre os diferenciais da Pic Pay está o DNA de desenvolvimento de software. Segundo André, a maioria das soluções em uso na empresa foram desenvolvidas internamente. “Desenvolver nossas próprias soluções nos permite gerar diferenciais competitivos para nossos usuários”. Ele diz que com o nível de capital intelectual que existe dentro da companhia, o tempo de desenvolvimento de software é menor do que seria realizar o trabalho fora, o que representa outro diferencial. E explica que isso foi definitivo quando da incorporação da área de varejo do Original pelo Pic Pay. “Com nossas próprias soluções o tempo de execução das mudanças necessárias foi muito mais rápido, e não tivemos falhas”.

Hoje, André diz que a TI continua aprimorando seus motores para deixar as soluções cada vez mais resilientes. Quanto aos investimentos, o foco atualmente está em segurança da informação e inteligência artificial. “A questão da segurança não sai da pauta, está na estratégia da empresa. À medida que a gente desenvolve, tem quem desenvolva também para quebrar a gente”. Na área de inteligência artificial, além da generativa, a empresa está investindo também em análise de risco. “Queremos ir muito além do pagamento e da carteira digital e vamos continuar o processo de consolidação levando para o usuário muito mais facilidades”, completa.

*Stela Lachtermacher é jornalista de TI, com atuação como editora e colunista no Jornal do Brasil, Gazeta Mercantil, Editora Abril e diretora editorial na IT Mídia. Hoje tem sua própria empresa, a Candelabro, onde trabalha na produção de conteúdo e integra o time de parceiros da Conteúdo Digital no desenvolvimento da Coluna “Bastidores da TI” no portal Decision Report.

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