Um modelo desenvolvido no Brasil tem ganhado destaque no debate sobre a aplicação de inteligência artificial generativa no setor jurídico. Batizado de Generative AI-Centric Law Firm Model, o framework foi criado por Paulo Silvestre de Oliveira Junior, diretor de Inovação e Estratégia do ButtiniMoraes Advogados, com o objetivo de orientar a adoção estratégica da tecnologia em escritórios de advocacia.

Segundo Silvestre, o modelo propõe diretrizes que integram inovação jurídica, tecnologia e estratégia de negócios. Lançado há cerca de cinco meses, o framework já foi baixado mais de duas mil vezes e alcançou profissionais de 76 países, de acordo com dados divulgados pelo escritório.

“O resultado é uma ferramenta que já vem sendo adotada por líderes jurídicos, CEOs e heads de inovação em algumas das maiores firmas do mundo, deixando claro que a advocacia do futuro não será apenas digital – será inteligente, estratégica e orientada por IA”, afirmou Silvestre.

A proposta tem sido analisada por líderes jurídicos e executivos de grandes firmas internacionais. Para o criador do modelo, a expectativa é que a advocacia do futuro seja cada vez mais orientada por inteligência artificial, indo além da digitalização dos processos.

Silvestre também acredita que o framework pode servir de referência para outros setores, como tecnologia e inovação, ao propor uma estrutura escalável que visa otimizar processos, automatizar fluxos de trabalho e aprimorar a tomada de decisões baseada em dados.

Desenvolvido em colaboração com Alexandre Zavaglia, especialista em direito e tecnologia, o modelo pretende contribuir para uma transformação digital mais segura e estratégica do Direito. O projeto, segundo os seus desenvolvedores, planeja acompanhar a evolução da aplicação de IA generativa na área, com foco na modernização das práticas jurídicas.