Gartner identifica principais tendências tecnológicas estratégicas para 2026
O Gartner divulgou as principais tendências tecnológicas que devem guiar as organizações em 2026. Segundo a consultoria, o próximo ano será marcado por uma combinação de disrupção, inovação e riscos em ritmo acelerado, impulsionados principalmente pela Inteligência Artificial (IA).
De acordo com Gene Alvarez, vice-presidente analista emérito do Gartner, as tendências refletem “as realidades de um mundo hiperconectado e impulsionado pela IA, em que as empresas precisam promover inovação responsável, excelência operacional e confiança digital”.
Tori Paulman, também vice-presidente analista, destaca que o diferencial deste ciclo é a velocidade das transformações. “Vimos mais inovações surgirem em um único ano do que nunca. As organizações que agirem agora não apenas resistirão à volatilidade, mas moldarão seus setores nas próximas décadas”, afirma.
As principais tendências tecnológicas estratégicas para 2026 incluem: Plataformas de supercomputação com IA
Essas plataformas integram CPUs, GPUs e chips especializados em IA para lidar com cargas de trabalho intensivas, como machine learning, simulações e análises avançadas. A expectativa é que até 2028 mais de 40% das empresas líderes adotem arquiteturas híbridas de computação, frente aos atuais 8%. Segundo o Gartner, a tecnologia já acelera inovações em setores como saúde, finanças e energia, permitindo desde o desenvolvimento mais rápido de medicamentos até a simulação de mercados e condições climáticas extremas.
Além disso, o estudo mostrou os Sistemas multiagentes (MAS), que reúnem diversos agentes de IA que colaboram para resolver tarefas complexas, automatizando processos de negócios e ampliando a produtividade. Alvarez explica que esses agentes “permitem escalar operações e adaptar-se rapidamente a mudanças”, tornando o trabalho humano e o artificial mais integrado.
Outro ponto apresentado foram os Modelos de linguagem específicos de domínio (DSLMs). Com a pressão por resultados mais precisos, empresas estão migrando de grandes modelos de linguagem genéricos para versões especializadas por setor ou função. Esses modelos oferecem maior precisão e conformidade, além de custos mais baixos.
O Gartner prevê que, até 2028, mais da metade dos modelos de IA generativa usados pelas empresas serão específicos de domínio. Com o aumento do uso da IA, cresce também a necessidade de proteção. As plataformas de segurança para IA centralizam a gestão e aplicam políticas contra riscos como injeção de prompts, vazamento de dados e uso indevido de agentes. A consultoria estima que mais de 50% das empresas adotarão essas soluções até 2028 para proteger seus investimentos em Inteligência Artificial.


