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Como o BI atua na gestão hospitalar?

Como o BI atua na gestão hospitalar?

Business Intelligence pode auxiliar tanto na organização de dados, analisando quem são os tomadores de decisão, quando na parte administrativa, com a organização e controle do número de pacientes, enfermidades e medicamentos disponíveis

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Com a irreversível digitalização e o conceito de analytics nos negócios, os processos nas empresas estão ganhando cada vez mais agilidade. E se engana quem pensa que essa tendência está presente apenas no mercado de tecnologia.
Peguemos o exemplo de um hospital. Quando chegamos ao pronto-socorro, passamos pela triagem e consultamos um médico. Você já parou para pensar qual o processo utilizado para a reunião de todos os nossos dados e sintomas, como forma de auxiliar no diagnóstico e acelerar o atendimento dos casos mais graves? Para aqueles estabelecimentos mais modernos, em especial os da iniciativa privada, a utilização do business intelligence tem papel importantíssimo nessa avaliação.

A introdução de ferramentas que reúnam um volume elevado de informações, as organize e as disponibilize para análise se tornou um diferencial nos hospitais com grande demanda de atendimento, pois a solução não apenas aperfeiçoa o desempenho de seus profissionais como também aprimora a assistência aos pacientes. Garantir assertividade na decisão de se internar ou não uma pessoa, ou até mesmo a de liberá-lo após certo período de tratamento são fundamentais para evitar equívocos que comprometam um diagnóstico e gerem perdas financeiras a todos envolvidos na cadeia de atendimento.

É com certeza muito desgastante ao cliente e demasiadamente caro ao hospital a manutenção de um paciente no pronto atendimento se ele já tem o diagnóstico de internação devidamente autorizado por um médico. E avaliar todos os parâmetros clínicos e laboratoriais de maneira célere e assertiva encurta este tempo de espera entre preparar um quarto para internação e transferir o paciente, trazendo claros benefícios para todos.

Da mesma forma, o BI pode auxiliar esse mercado no momento de avaliação do desempenho profissional. A partir da organização de dados, pode-se analisar quem usa mais os consultórios, medicamentos, quais são os procedimentos cirúrgicos de cada um, se participam de alguma atividade como realização de palestras etc. Outro benefício é referente à parte administrativa, com a organização e controle do número de pacientes, enfermidades e medicamentos disponíveis.

O administrativo da área de saúde também pode ser beneficiado de uma segunda maneira: avaliar glosas médicas – ou seja, o não pagamento de alguma taxa de atendimento, medicamento ou materiais nos hospitais pelos convênios médicos. Quando algum processo é “glosado”, demanda-se muito tempo para que o hospital ou clínica recorra e entenda exatamente o que aconteceu. Com o BI, conseguimos chegar de maneira ágil a esses problemas, identificá-los e obter insights sobre como agir. Antes, essa questão ficava perdida nos arquivos dos hospitais e representava, consequentemente, em uma provável perda de receita.

Esse processo de introdução de ferramentas de BI e analytics nos hospitais é gradual e está em plena evolução. Isso porque suas vantagens já se mostraram eficazes também em outros segmentos do mercado de saúde – a exemplo de planos de saúde, laboratórios e indústrias farmacêuticas.

Será uma questão de tempo até que consigamos enxergar resultados reais em nosso dia a dia e passar a encarar esses locais como polos de inovação e excelência de atendimento, ao invés de os relacionarmos a longas filas e falta de recursos – humanos e técnicos.

*Salomão Fridman é diretor de Contas Estratégicas na Inteligência de Negócios