A solidez de Cibersegurança no sistema financeiro foi um dos pontos de destaque no keynote de abertura do Febraban Tech, evento que acontece nesta semana em São Paulo e que recebeu diretores de grandes instituições financeiras. Em meio a um cenário cada vez mais inovador e digital, os bancários subiram no palco para destacar o posicionamento de liderança do setor nos avanços tecnológicos e alinhamento com demandas de proteção de dados e Segurança Cibernética.
Na visão de Octávio de Lazari, CEO do Bradesco, as novidades do setor de TI serão marcantes com as chegadas da Inteligência Artificial Generativa e, posteriormente, com a Computação Quântica. Para ele, o mercado financeiro precisa agregar as novas tecnologias em favor dos clientes, sem deixar de enfrentar o desafio de não comprometer a segurança dos dados no processo inovador.
“Nosso objetivo é garantir o desenvolvimento seguro de produtos e serviços financeiros. Precisamos aprender cada vez mais com as novas tecnologias e apoiar seus avanços segundo as necessidades do sistema bancário”, comenta o executivo.
Isaac Sidney, presidente da Febraban, ressaltou a importância do setor financeiro para a economia nacional, especialmente por injetar inovações tecnológicas nos meios de pagamentos. A proposta atual das instituições financeiras é oferecer seus serviços ao público de forma plena, contando com segurança digital embarcada, bem como proteção aos dados dos clientes e preservação dos ativos críticos das empresas do setor.
O CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, lembrou que a transformação digital dos bancos não é um fenômeno recente. Essa jornada desafiadora tem aberto espaço para as organizações agregarem cada vez mais talentos, capazes de garantir soluções úteis ao cotidiano dos clientes. Na visão do executivo, esse processo de digitalização está criando uma cultura financeira nos brasileiros, mesmo com os desafios de golpes e fraudes, os alertas de Segurança em meios online estão ganhando força.
“Hoje, existe uma queda no número de incidentes de Segurança no setor graças aos métodos e tecnologias certos para essas atividades. Isso nos leva a perceber que a melhor jornada de digitalização é acreditar no potencial das inovações de forma segura. Se a TI se tornou a maior população de funcionários, os bancos precisam dar uma visão mais centralizada a esse tema” afirma.
Entretanto, a presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, alertou para a necessidade de expandir essa comunicação. Com uma taxa ainda expressiva de pessoas sem conta corrente, a própria formação de clientes digitais é um desafio a ser enfrentado, o que expõe os novos usuários aos riscos de golpes e fraudes bancárias.
“A inclusão digital também precisa pensar em melhorar a vida das pessoas, garantindo inclusive novas conquistas na área de ESG. Essas mudanças podem oferecer ainda mais empregos, novas formas de geração de riquezas e a criação de um caminho para o desenvolvimento do Brasil, com segurança e tecnologia”, completa Maria.
Durante a abertura do Febraban Tech, o palco principal também recebeu o Vice-Presidente Geraldo Alckmin, que ressaltou a importância da proximidade entre poder público e os bancos a fim de incentivar a veia tecnológica nacional. Isaac Sidney ainda reafirmou a continuidade desses avanços, principalmente com destaque para o Real Digital e Open Finance, ambos baseados em proteção de dados por criptografia e blockchain.