A IBM, por meio de sua área de Cidadania Corporativa, anuncia o lançamento do modelo educacional P-TECH, a ser implantado pelo Centro Paula Souza, uma das principais instituições de ensino do País. O programa, que fomenta o desenvolvimento de competências profissionais ligadas a ciência, tecnologia, engenharia e matemática, prepara os alunos para a economia digital, combinando currículo técnico com experiências práticas.
Assim como em muitas economias do mundo, a América Latina, mais do que nunca, precisa de mão de obra qualificada. Segundo o IDC, a região terá uma escassez de mais de 550.000 profissionais de TI em 2019, especialmente em novas tecnologias, incluindo nuvem, cyber segurança, inteligência artificial e redes. Paralelamente, de acordo com o Banco Mundial, as competências adquiridas na escola, bem como no mercado de trabalho, determinarão a produtividade do Brasil e sua capacidade de promover uma maior inclusão econômica e social.
O P-TECH visa contribuir com a formação e a capacitação dos futuros profissionais, oferecendo aos estudantes oportunidades para experiências práticas em empresas parceiras e criando uma jornada integrada que possibilita a obtenção de três diplomas – médio, técnico e superior (tecnólogo) – em cinco anos.
A IBM, enquanto empresa parceira do setor de TI, contribuirá com informações sobre as competências do profissional de tecnologia do futuro, bem como oferecerá aos alunos do P-TECH, palestras sobre temas como carreira, inteligência artificial, nuvem, blockchain e outros, além da divulgação de vagas de estágio na IBM. O objetivo é combinar experiências no ambiente profissional com a aprendizagem em sala de aula, proporcionando interações entre os estudantes e especialistas em sua área de atuação, que podem orientá-los sobre o que os empregadores buscam, como comunicação, trabalho em equipe e habilidades para resolver problemas.
Para participar do programa, os alunos participarão do processo regular de admissão que integra os currículos dos ensinos médio e técnico oferecidos pelo Centro Paula Souza. As aulas começarão em fevereiro de 2019. Os alunos que se inscreverem no curso de ‘Análise e Desenvolvimento de Sistemas’ no programa P-TECH – Centro Paula Souza terão experiências práticas oferecidas pela IBM enquanto empresa parceira do setor, e supervisionadas pelo Centro Paula Souza.
No Brasil, o Programa P-TECH do Centro Paula Souza espera formar 80 alunos por ano, em um primeiro momento, além de inspirar outras escolas a implementar o P-TECH em parceria com outras empresas tanto do setor de TI, quanto de outras indústrias.
“O P-TECH é projetado para apoiar o desenvolvimento de futuros profissionais, oferecendo habilidades técnicas e experiências de trabalho envolvendo as tecnologias mais avançadas”, explica Tonny Martins, presidente da IBM Brasil, que atuará como parceira em tempo integral para duas das primeiras escolas, além de continuar estimulando o modelo global.
A IBM também incentiva que outras empresas implementem o modelo P-TECH. “Apesar de ter sido uma iniciativa originalmente desenvolvida pela IBM nos Estados Unidos, não se trata de uma iniciativa exclusiva da IBM. Incentivamos que outras empresas também busquem parcerias educacionais como esta, para replicar o modelo P-TECH e e apoiar a formação de profissionais do século XXI”, conclui Martins.
“O principal diferencial desta nova modalidade de ensino é a possibilidade da aplicação do que se aprende em sala de aula no ambiente real de trabalho, um caminho eficiente para a formação profissional, que visa a integração entre educação e setores produtivos”, avalia a diretora-superintendente do Centro Paula Souza, Laura Laganá.
O Brasil, junto com a Colômbia, é um dos primeiros países da América Latina a anunciar o lançamento do P-TECH, unindo-se a outros países do mundo, incluindo Estados Unidos, Marrocos, Austrália, Taiwan, Cingapura, Coréia do Sul e Irlanda. O modelo procura formar profissionais intelectualmente curiosos, profissionalmente bem-sucedidos, qualificados e adaptáveis para setores competitivos e de trabalho.
A IBM iniciou este modelo em 2011, no Brooklyn, Nova York. Desde então, cresceu para 110 escolas P-TECH e 80 faculdades comunitárias nos Estados Unidos e em outros países, com mais de 550 empregadores participando do modelo, representando uma variedade de setores impactados pela revolução tecnológica. Os resultados mostram que os estudantes estão se formando com um diploma universitário de dois anos a quatro vezes a média da taxa de graduação nos Estados Unidos. A maioria dos graduados americanos do P-TECH até hoje continuou seu ensino superior, enquanto outros começaram a trabalhar imediatamente no setor privado.