Edit Content

Menu

1 (7)

Blockchain do Real Digital será baseado na plataforma Ethereum

Blockchain do Real Digital será baseado na plataforma Ethereum

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

A nova Moeda Digital do Banco Central, esperada para 2024, contará com sistema de blocos cadeados para garantir maior segurança do sistema e com vistas a aproximar também o mercado DeFi e de Smart Contracts

O ano de 2023 será marcado pelo desenvolvimento da nova moeda digital brasileira. Para sustentar os sistemas de transferência de ativos e compensações financeiras, o Real Digital deverá seguir o exemplo das criptos e estabelecer um blockchain próprio. A base será inspirada na Ethereum, a segunda criptomoeda mais usada no mercado e frequentemente empregada em atividades de contratos inteligentes, um setor que também está na mira da nova moeda do Banco Central.

Os Smart Contracts são programações executadas de acordo com uma confirmação preestabelecida por ambas as partes envolvidas no acordo, assim como uma assinatura de um certificado físico. O objetivo é que o Real Digital seja capaz de efetivar funções similares a essa, reduzindo custos de criação e manutenção de contratos analógicos.

Entretanto, os desafios para avançar sobre esse mercado está no controle que o BC pretende manter sobre a moeda digital. Uma das características oferecidas pela plataforma Ethereum é a inexistência de uma verificação uniforme das transações, uma vez que essa análise é feita por uma rede aberta e descentralizada (DeFi). No caso do Real Digital, essas autenticações devem ser feitas por agentes autorizados pelo Banco, incluindo instituições financeiras aprovadas pela organização.

Segundo Fábio Araújo, diretor do Banco Central do Brasil e responsável pelo projeto do Real Digital, a instituição pretende desenvolver também um Sistema de Pagamentos Digital, atrelado ao já existente SPB, mas voltado para a Moeda Digitai dos Banco Central (em inglês, CBDC). Com isso, os ativos financeiros transacionados dentro do blockchain serão tokenizados de forma a permitir a sua movimentação pela rede fechada.

Em declaração oficial, o BC também informou que não desenvolverá diretamente o blockchain do Real Digital, mas irá licitar o projeto a um agente externo com detalhes ainda a serem definidos.

Perspectivas para o Real Digital

Espera-se que o Real Digital tenha um projeto piloto ainda este ano, com vistas para que seja lançado ao grande público em 2024. Seu objetivo é ser uma moeda digitalizada e emitida pelo próprio Banco Central brasileiro, com paridade garantida com a moeda física. A diferença para uma criptomoeda, entretanto, está na forma como ambas são geridas, sendo as CBDC controladas pelo BC como se fossem moedas sonantes.

O projeto segue uma tendência vista em outros países para responder ao uso das criptomoedas nos mercados nacionais. Ao menos outros 90 países trabalham com propostas similares à do Brasil, de forma a transformar a política monetária internacional. Entre os objetivos visados está a possibilidade de transferir recursos urgentes aos cidadãos de forma direta, sem intermediações bancárias.

Além disso, o desenvolvimento da Internet das Coisas em tecnologias domésticas e públicas permitirá a execução de transferências de forma automática e, a depender do valor requisitado, sem a exigência de senhas. A proposta é usar o conceito de “autenticação por contexto”, que aplica recursos de IA e Machine Learning para que a máquina valide a identificação do usuário pelo local em que estão e o histórico de valores gastos em momentos específicos.

*Com informações do Valor Econômico, EXAME e InfoMoney.