O Gartner prevê que, até 2028, a GenAI possibilitará que 40% dos membros das equipes de software venham de formações educacionais não tradicionais em engenharia de software ou áreas técnicas, em comparação com os 20% atuais. De acordo com o relatório, IA não será capaz de substituir todas as tarefas de engenharia de software e, pelo menos no curto prazo, as empresas precisarão se concentrar em revisar o resultado das ferramentas aprimoradas por IA.
Segundo os especialistas, isso leva à necessidade de contratar engenheiros com fortes habilidades básicas, como construção de lógica e desenvolvimento de algoritmos. Pessoas com formação não técnica, como design, artes e filosofia, fornecerão novas maneiras criativas de resolver problemas lógicos usando IA.
“Trazer membros para a equipe vindos de fora dos campos da ciência, tecnologia e matemática, como design, psicologia e artes, pode introduzir novas perspectivas e abordagens criativas de solução de problemas”, diz Nitish Tyagi, Analista Principal do Gartner.
A pesquisa reforçou ainda que contratar os candidatos certos que tenham habilidades de GenAI se tornará crucial, independentemente de sua formação educacional. Para conseguir isso, as empresas estão adotando rapidamente uma abordagem de contratação baseada em habilidades, em vez de se basearem apenas em currículos e formação acadêmica. Elas utilizam plataformas de avaliação de habilidades e entrevistas para avaliar os candidatos certos.
Segundo o estudo, elas podem usar técnicas de IA e dados de habilidades para projetar caminhos de aprendizagem personalizados para funcionários novos e antigos. A pesquisa também constatou que 38% dos entrevistados disseram que usar a Inteligência Artificial para aprender uma nova habilidade é a técnica mais eficaz.
Atualmente, os agentes de IA estão atuando como parceiros de aprendizado dos engenheiros de software, permitindo que se concentrem em aspectos complexos e criativos da engenharia de software. Isso está fazendo com que mais pessoas ingressem na área sem ter a formação tradicional em ciência da computação.
“O futuro será dominado por equipes de produtos compostas ou de fusão que consistem em engenheiros de software, Designer de Experiência do Usuário, gerentes de produtos e até mesmo cientistas de dados provenientes de formações educacionais técnicas e não técnicas”, completouTyagi.