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Ambientes corporativo e educacional devem se aproximar através da TI

Ambientes corporativo e educacional devem se aproximar através da TI

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Segundo dados de um levantamento, 79% dos líderes de TI creem que esta área terá papel decisivo nas suas organizações nos próximos 5 anos. Entretanto, a falta de preparo de candidatos e competições externas atrapalham a expansão do departamento dentro da empresa

Por Matheus Bracco

Uma pesquisa divulgada nesta semana pela ManageEngine mostra que a perspectiva de executivos e funcionários ligados à área de TI é que o departamento tenderá a aumentar ainda mais a participação nos negócios. De acordo com o estudo intitulado “TI no trabalho 2022”, 79% dos Tomadores de decisão em TI (os ITDMs) acreditam que o departamento de Tecnologia da Informação passará a ter papel determinante na realidade das organizações nos próximos 5 anos.

“Acreditamos que esses dados podem orientar decisões relevantes dentro das empresas, levando os líderes a repensar toda a estrutura interna dos seus negócios, especificamente o departamento de TI, e a implementar novas soluções. As informações do estudo suscitam reflexões necessárias para as empresas no Brasil, bem como em outros países”, afirma Nirmal Kumar Manoharan, diretor regional da ManageEngine.

Segundo os pesquisadores Tonimar Dal Aba, gerente técnico da ManageEngine Brasil e Guilherme Pereira, diretor do MBA da FIAP e diretor de inovação & conteúdo, isso se deve especialmente pela nova realidade pós-pandemia que o mundo vive atualmente, o que está diretamente ligado aos novos regimes de trabalho (híbrido ou totalmente remoto) e, consequentemente, a expansão do uso do TI nesse processo de descentralização empresarial.

Segundo a pesquisa, 92% dos ITDMs apontam, ainda, que as organizações que fazem parte já descentralizaram totalmente as estruturas de TI que possuem, ou já estão nesse processo. Com isso, nota-se a expansão do uso dos departamentos de TI nos bastidores das organizações.

Quase todos os executivos da amostragem (97%) apontaram o aumento da colaboração entre a área de TI e os outros departamentos. Além disso, 92% desses ITDMs relatam ter investido mais em IA e Machine Learning, e em mais de um uso diferente. As duas áreas mais citadas nessa expansão foram automação (64%) e combate a ataques cibernéticos (51%).

Expansão e Segurança

Nota-se ainda entre os dados coletados o aumento da relevância também na área de Segurança da Informação. Nas informações recolhidas, 96% dos respondentes concordaram que, futuramente, a IA e o ML terão papéis essenciais na proteção de dados e na segurança de TI.

Da mesma forma, as equipes executivas também notam que ainda há muito a ser feito com relação à proteção de dados de forma geral. 84% dos entrevistados dizem que o cenário de expansão da TI exigirá um aumento proporcional também da área de segurança cibernética.

Na visão de Guilherme Pereira, um dos problemas do processo de descentralização que as empresas têm se envolvido é justamente o aumento da complexidade da Segurança. “E nesse assunto de Segurança, é possível inclusive usar a IA como uma forma de determinar o perfil de um determinado ataque sofrido pela empresa”, acrescenta.

O papel da Educação

A pesquisa “TI no trabalho 2022” também coletou dados mais contrastantes. Embora 97% dos executivos empresariais indiquem que o bom funcionamento da área de TI levará ao sucesso da empresa, e 95% deles também realce que a TI é a maior responsável na inovação dos negócios, 94% dos tomadores de decisão em TI concordam que ao menos um departamento dentro da instituição de onde falam necessitam de mais treinamento em habilidades técnicas de TI.

Da mesma forma, 78% dos Big Data Managers (os BDMs) dizem que os funcionários enfrentam barreiras frequentes contra o uso das novas tecnologias dentro do ambiente empresarial. Assim, os setores ligados à rede de colaboradores compreendem que a nova realidade será pautada por um contínuo desenvolvimento do próprio funcionário.

Guilherme Pereira afirma, entretanto, que as organizações de ensino não evoluem com a rapidez necessária para abarcar todas as inovações em TI. Além disso, a pouca aproximação entre as esferas educacional e empresarial dificulta a solução dessa carência. “Assim, acabamos tendo o que vemos na realidade brasileira: uma demanda grande no mercado por profissionais preparados em TI, mas sem a mão-de-obra com treinamento adequado”, conclui. Por conta disso, 55% dos ITDMs informam que poderiam deixar a organização caso o potencial de crescimento não fosse ofertado adequadamente por parte da empresa. Segundo os pesquisadores, isso inclui não apenas salários adequados ou possibilidades de promoção, mas também possibilidade de desafios, reconhecimento aos méritos ou mesmo uma filosofia compatível com o indivíduo.