A IA deixou de ser uma previsão do futuro para se consolidar como uma ferramenta essencial no ambiente de trabalho é o que afirma o estudo divulgado pela KPMG. De acordo com o estudo “Confiança, Atitudes e Uso de Inteligência Artificial: um estudo global 2025”, em parceria com a Universidade de Melbourne, 86% dos trabalhadores brasileiros já utilizam IA em suas empresas e maioria já percebeu aumentos significativos na qualidade do trabalho.
O levantamento revelou os entrevistados relataram aumentos significativos na eficiência e no potencial de inovação como resultado direto da utilização da IA. Entre os principais benefícios estão a automação de processos, o apoio à tomada de decisões e o aumento da produtividade. Em setores como saúde, energia e serviços, a inteligência artificial já é aplicada para melhorar diagnósticos médicos, otimizar o uso de energias renováveis e acelerar rotinas operacionais.
Entre os jovens, o uso é mais difundido. A pesquisa apontou que 92% dos estudantes usam IA como ferramenta de apoio e reconhecem seus benefícios para o aprendizado. No entanto, os pesquisadores apontaram riscos relacionados à dependência excessiva da tecnologia, que pode comprometer habilidades humanas fundamentais como o pensamento crítico, a criatividade e a colaboração.
Segundo os especialistas, a confiança dos usuários ainda é limitada. Mesmo com altos índices de adoção da ferramenta, mais da metade dos entrevistados relataram algumas preocupações quanto ao uso da IA, principalmente em economias avançadas a respeito da sua segurança e impacto social.
Regulações da IA
A regulação da IA apareceu como uma demanda urgente. O estudo apontou que 84% dos participantes defendem a criação de leis e políticas públicas específicas para lidar com a desinformação gerada por sistemas de IA e garantir seu uso ético. À medida que a tecnologia avança, os entrevistados afirmaram ser fundamental o estabelecimento de parâmetros legais que assegurem a transparência, a responsabilidade e a proteção dos direitos individuais.
“Existe um grande apelo do público pela regulamentação da IA, com 70% dos respondentes acreditando na necessidade de uma legislação mais rigorosa. Muitos sentem que as leis atuais são insuficientes e que é preciso educação pública sobre o assunto”, pontua o relatório.