97 startups expuseram seus negócios no estande brasileiro, que integra a maior delegação do mundo no evento
O Brasil levou para o Web Summit a maior delegação de todos os países: 600 pessoas movimentam um estande de 225 metros quadrados com salas de reuniões, espaço para eventos, estúdio de gravação, cafeteria, balcão de exposição e geração de negócios para as startups brasileiras. O evento reuniu 2.296 startups e 342 parceiros de 94 países diferentes, além de receber a presença de mais de 71 mil pessoas de 160 países.
A iniciativa é fruto da parceria entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), o Sebrae, a Embaixada do Brasil em Portugal, o Serpro e o Ministério de Relações Exteriores (MRE) do governo brasileiro.
O evento de abertura, realizado em Lisboa nesta quarta-feira (2), teve a presença do embaixador Augusto Pestana, presidente da Apex; Carlos Melles, presidente do Sebrae; ministro Luciano Mazza de Andrade, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Propriedade Intelectual do Ministério das Relações Exteriores (MRE); e Raimundo Carreiro, embaixador do Brasil em Portugal.
Carlos Melles abordou a sede de conhecimento de inovação que o povo brasileiro possui. “Vamos provocar o mundo por meio da tecnologia porque ela fará o bem a todos”, instigou Melles.
A presença institucional do Sebrae em Portugal também dará apoio ao softlanding para as empresas do Programa Inova Amazônia, à articulação com atores locais relacionados à Educação Empreendedora; interação com entidades e associações municipais para trocas de experiências.
Em seu discurso, Luciano Menezes, CEO do WTC Lisboa, afirmou que essa data é muito especial, já que ocorre apenas 60 dias após o empreendimento receber o Sebrae como membro do ecossistema. “Celebramos hoje com muita alegria uma parceria inédita, de uma magnitude enorme. Nosso propósito é ajudar empresas a fazer as conexões certas para viabilizar novos negócios. O Sebrae participou de minha vida e de todo empresário brasileiro. Ter a oportunidade de dar uma janela para que startups possam pisar em Portugal e se multiplicarem para todas as cidades onde temos presença é muito especial”.
O Sebrae também inaugurou um ponto de apoio em Lisboa, que acolherá negócios empreendedores de micro e pequenas empresas brasileiras interessadas em internacionalizar seus negócios, visando facilitar o engajamento com parceiros locais, fomentar ações de promoção comercial e o intercâmbio de experiências e investimentos.
A divulgação internacional da riqueza que o Brasil possui e pode agregar para o mundo foi explorada pelo ministro Luciano Mazza de Andrade, diretor do Departamento de Ciência, Tecnologia e Propriedade Intelectual do MRE. “Nosso objetivo é mostrar o Brasil inovador, da tecnologia, da digitalização e mostrar como a inovação está permeada em diversos segmentos de mercado”.
O último discurso coube ao embaixador do Brasil em Portugal, Raimundo Carreiro. Ele ressaltou que sempre será preciso investir na internacionalização das startups brasileiras como forma de atração de novos investimentos para o país. Também lembrou que o Brasil é o primeiro país na América Latina a implantar o 5G que vai do campo à telemedicina, tendo 80% do serviço governamental digitalizado, e que o estado de São Paulo é o quarto maior do mundo em fintechs. “Estamos em um momento único da valorização da tecnologia. Nossos empreendedores estão olhando mundo afora e Portugal é estratégico como porta de entrada no continente europeu”.
Exposição de startups brasileiras no mundo da inovação
O Sebrae levou para Portugal 270 startups brasileiras que foram pré-selecionadas de acordo com o grau de maturação do negócio e preparo para uma alavancagem internacional. Neste ano, 70 startups brasileiras integram a missão internacional, sendo até 50 startups que estão expondo na Web Summit e 20 que irão como participantes na feira.
Outras 200 empresas completam a delegação em Lisboa, incluindo 16 startups aceleradas no Inova Amazônia, programa do Sebrae, que promove negócios inovadores em oito estados da Amazônia Legal, visando fortalecer a bioeconomia, o desenvolvimento local sustentável e a inovação aberta.
Luma Boaventura, CEO da AI Robots, mineira de Belo Horizonte, fundou a startup em 2019 e é uma das que estavam demonstrando o produto no estande do governo brasileiro. “Sou apaixonada pelo Sebrae por causa das diversas capacitações e ajuda que recebi desde o início do projeto. Estar aqui representa um divisor de águas porque a gente nasce olhando muito para o mercado interno”.
Para Tyara Nascimento, CEO da Molde Me, de Santa Catarina, a ajuda do Sebrae é preciosa: “Seria impossível ter hoje mais de 400 clientes no Brasil e no exterior sem a capacitação e conexões que o Sebrae viabilizou. Estar aqui é uma oportunidade gigante de conhecer o mercado local, o ecossistema português e como podemos posicionar nossa empresa no exterior porque queremos abrir um escritório no Porto”.
*Com informações da Agência Serbrae de Notícias.