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Varejo híbrido se consolida no mercado brasileiro

Varejo híbrido se consolida no mercado brasileiro

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Especialistas indicam que o comércio eletrônico vai impulsionar o crescimento do varejo nos próximos anos, mas a preferência de parte dos consumidores por lojas físicas faz com que um modelo de compra seja cada vez mais complementar ao outro


Os consumidores estão retornando às lojas físicas e a tendência é que os brasileiros intensifiquem ainda mais a retomada do varejo tradicional. Mas isso não significa que os lojistas devem abandonar suas ações digitais: o investimento na presença online tende a ser cada vez mais estratégico e complementar na atração de novos clientes, que, nos últimos dois anos, se tornaram mais exigentes em meio à forte concorrência no e-commerce.


Especialistas de mercado apontam para um salto mundial no número de compradores combinando interações online com a loja para efetivar suas compras, exigindo das empresas cada vez mais o desenvolvimento de meios de vendas multicanais, formando uma espécie de “varejo híbrido”.


Um dos estudos mais reveladores foi encomendado pela Forrester Consulting e realizado pela especialista em e-commerce Shopify, indica que 54% dos consumidores pesquisados em diferentes países dizem que, em 2022, provavelmente olharão para um produto online e vão comprar na loja e, 53%, também estão propensos ao movimento inverso: observar o produto na loja, mas realizar a compra na internet.


A experiência na loja ainda é um fator decisivo, porque o cliente pode provar a mercadoria, retirá-la na hora da compra e receber atendimento diferenciado. Enquanto os sites servem para encontrar o produto certo com os melhores preços, além de comodidade.


Na prática vale aquele velho ditado, “só é lembrado quem é visto”, especialmente no que se refere à extensa vitrine da internet, que, mesmo com o retorno do consumo presencial, deve manter e até ampliar o público conquistado na pandemia. Nesse período, conforme a pesquisa “Presença Digital” da HostGator, feita com cinco mil comerciantes em 2021, quase 60% dos empreendedores passaram a investir no digital, desses, 64% deles perceberam aumento nas vendas por esse formato. O levantamento também apontou que um terço dos negócios com sites hospedados na HostGator declaram manter comércio online e físico.


De acordo com Ricardo Melo, vice-presidente de marketing da HostGator Américas, sabendo da necessidade de conexão do meio físico ao digital, para ter sucesso na atração online de potenciais consumidores é preciso aliar uma boa estratégia de marketing, suporte e atendimento especializado e divulgação através do site próprio da marca, anúncios e outros canais de vendas.


“A tendência é de que as buscas de produtos pela internet permaneçam em alta, uma vez que o consumidor continua buscando informações e conferindo o produto de uma marca online, e, tomada a decisão, ele vai até a loja para concluir a compra e receber a mercadoria. Essa integração do ambiente digital ao físico deve se firmar como um dos principais impactos do pós-pandemia para o varejo. Hoje, a presença digital permite que as empresas possam atrair clientes que não conseguiriam captar apenas no modo físico, isso com um custo muito menor, o que estimula experiências híbridas de compra”, avalia.


Os impactos do presencial no e-commerce


O crescimento do setor deve se manter acima dos dois dígitos em 2022, com projeção de alta de 12%, segundo análise da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm). A estimativa é de que o faturamento passe de R$ 150,8 bilhões para R$ 169,5 bilhões neste ano, com acréscimo também no número de consumidores no e-commerce, de 79,8 milhões para 83,7 milhões. 


Para a HostGator, com o número crescente de usuários que compram online ou pelo menos iniciam a jornada de compra, as empresas físicas precisam encontrar maneiras de desafiar os concorrentes para ser a “escolha” do consumidor. 


“O acesso facilitado à internet e o aprendizado dos brasileiros para consumir no e-commerce devem permanecer fortalecidos nos próximos anos, mas isso não significa o fim das lojas físicas. Pelo contrário, outras tendências devem ser impulsionadas, como as operações de omnichannel”, justifica.


A projeção vai de encontro aos dados divulgados neste mês pelo relatório anual “Future of the Digital Shelf” da Ascential, que estima que as vendas mundiais online atingirão US$ 2,4 trilhões em valor bruto de mercadorias vendidas em 2026. Isso significa que o comércio eletrônico será responsável por quase 40% das vendas globais de varejo nos próximos quatro anos, impulsionando o setor. Segundo o levantamento, hoje, uma em cada três compras na loja começam por meio de um celular ou notebook.


“Com um número cada vez maior de pessoas utilizando smartphones para as mais diversas funções, as lojas virtuais se tornaram uma excelente oportunidade para fazer pesquisas no tempo livre e, dessa forma, ajudar na validação de uma compra. Sendo assim, manter uma loja online acaba sendo uma boa porta de entrada tanto para novos clientes quanto para aqueles que já conhecem seus produtos e serviços”, conclui Ricardo.