Plataforma da startup LAURA será capaz de prever a demanda por atendimento a pessoas suspeitas de infecção pelo novo coronavírus e poderá monitorar até 1,1 milhão
A considerar o aumento de casos do novo coronavírus e a alta demanda de pacientes que procuram o sistema de saúde público e privado, a Unimed Grande Florianópolis se uniu à startup de inteligência artificial LAURA para oferecer às prefeituras da região uma inteligência artificial capaz de prever a demanda por atendimento a pessoas suspeitas de infecção pelo novo coronavírus.
A solução se chama P.A. Digital e motivou a cooperativa médica a disponibilizá-la na forma de parceria aos 17 municípios que fazem parte de sua área de abrangência. As quatro maiores cidades da região que se mobilizaram para frear juntas o aumento de casos de Covid-19, Florianópolis, São José, Palhoça e Biguaçu foram apresentadas à solução, e a expectativa é viabilizar a parceria também para Águas Mornas, Alfredo Wagner, Angelina, Anitápolis, Antônio Carlos, Garopaba, Governador Celso Ramos, Paulo Lopes, São Pedro de Alcântara, Santo Amaro da Imperatriz, São Bonifácio, Rancho Queimado e Tijucas.
A partir de uma plataforma totalmente online, acessível por celular, tablet ou computador, moradores da cidade poderão tirar dúvidas sobre o coronavírus e passar por uma triagem virtual pela prefeitura, de acordo com os critérios estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), sem a necessidade de se deslocar até o hospital.
Desenvolvida pela startup com sede em Curitiba, LAURA, o serviço também permite prever com antecipação a demanda por Covid-19 e os testes a serem realizados, de modo a identificar quantos e quais pacientes estão a caminho de hospitais para o atendimento e se há sinais de gravidade relatados. “A pandemia trouxe uma grande necessidade de digitalização aos serviços de saúde. Com o P.A Digital, a população pode ter acesso aos serviços de atenção primária à saúde, avaliando sintomas do novo coronavírus, sem sair de casa”, comenta o CEO da startup, Cristian Rocha. Todos os dados inseridos no sistema serão de propriedade dos municípios, permitindo-lhes pelas informações obtidas trabalhar com planejamento e otimização de recursos, enquanto a população é atendida de forma segura, sem sair de casa.
Como funciona
Pelo site ou número de telefone a ser disponibilizado pela prefeitura, os moradores serão atendidos por uma assistente virtual e responderão a um questionário para triagem de casos. Com artifícios da tecnologia cognitiva e Processamento de Linguagem Natural, os moradores identificados com sintomas do novo coronavírus serão encaminhados às unidade de atendimento hospitalar do município. Na outra ponta, a equipe que faz a gestão dos casos conseguirá mapear por uma plataforma de previsão os pacientes monitorados, a evolução de cada quadro e quais precisarão receber atendimento com prioridade.
Para as situações classificadas como não criticidade, o morador receberá por mensagem via telefone orientações de prevenção e acompanhamento do quadro de saúde pelos 14 dias seguintes, até ser descartada a infecção pelo coronavírus ou identificada a necessidade de atendimento médico. “Tudo o que estiver ao alcance para somar forças às equipes de saúde na pandemia é bem-vindo. Tecnologias como essa, de alta performance, dão respostas rápidas, ajudam nas tomadas de decisões e, principalmente, protegem vidas”, considera o presidente da cooperativa médica, Dr. Théo Fernando Bub.