O boostLAB, programa de potencialização de startups em nível avançado do BTG Pactual, em parceira com a aceleradora ACE Cortex, divulgou os resultados do estudo “As tendências de meios de pagamento no Brasil em 2019”.
O levantamento abrange o que os consumidores e empreendedores brasileiros podem esperar quando o assunto é meios de pagamentos. Nos últimos anos, com o advento das fintechs, as mudanças ficaram cada vez mais rápidas. Pagamentos pelo celular, por aproximação, por sorriso e até ir embora da loja sem nem passar pelo caixa já são realidade. Estima-se que, em 2019, US$ 1 trilhão seja transacionado via meios de pagamentos móveis.
Cenário brasileiro
No Brasil, 34% do consumo das famílias já é feito por meio eletrônico. O mercado brasileiro é marcado por quatro características bem específicas:
– Concentração bancária: 82% das operações de crédito são provenientes de cinco bancos;
– Desbancarização: 30% da população não tem acesso formal a serviços bancários. Em outros mercados emergentes, os números são de 16% (China) e 14% (Índia);
– População conectada: 57% das transações já são feitas online;
– Regulamentação: Banco Central aberto ao diálogo.
Oportunidade
A evolução do mercado criou a oportunidade para empreendedores e fintechs tomarem espaço, principalmente em negócios de nicho ou regionais. Das 422 fintechs que existem hoje no Brasil, 114 atuam em meios de pagamento.
A atuação das fintechs de meios de pagamento no Brasil se divide de maneira praticamente igual entre os três principais subsetores: emissores, adquirentes/ subadquirentes e carteiras digitais (e-wallets).
Se para as startups brasileiras como um todo 2018 se mostrou um ano bastante especial, para as de meios de pagamento o movimento foi ainda mais forte. Dos cinco unicórnios brasileiros anunciados no ano passado, três são empresas de meios de pagamento: NuBank, PagSeguro e Stone.
O valor investido em private deals (liderados por anjos, fundos e empresas) em fintechs de meios de pagamento aumentou mais de sete vezes em três anos, indo de R$ 203 milhões em 2016 para o recorde de R$ 1,5 bilhão em 2018.
Concorrência
A resposta dos grandes players do mercado foi principalmente o investimento na criação de novos produtos com propostas de valor similares às apresentadas por muitas fintechs.
Outra vertente foi a aproximação com o universo das startups e tecnologias inovadoras. Em 2018, o BTG Pactual criou o boostLAB, que potencializa startups em nível avançado (scale-ups). O programa conta com a parceira da aceleradora ACE Cortex e dedicação exclusiva de um sócio do Banco. A iniciativa está com inscrições abertas para a sua terceira edição. Interessados devem acessar http://www.boostlab.com.br e se inscrever até 15 de fevereiro.