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Transformação digital por meio do 5G gerará novas oportunidades e demandas

Transformação digital por meio do 5G gerará novas oportunidades e demandas

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No primeiro dia da Futurecom 2022, palestras apontam infraestrutura, serviços, vendas e social como ambientes mais impactados pela nova tecnologia de rede. 

Ocorreu nesta terça-feira a 22ª edição do Futurecom, que teve o 5G como grande protagonista das discussões. A palestra de abertura do Future Congress, com participação de Maximiliano Salvadori Martinhão, Secretário de Radiodifusão do Ministério das Comunicações, abordou o leilão 5G e os próximos passos na difusão da nova geração de internet no Brasil. “A minha ideia é falar sobre o impacto que isso vai causar nas telecomunicações do Brasil”, iniciou Maximiliano em sua palestra.

O representante do Ministério das Comunicações defendeu o leilão não-arrecadatório do 5G e a implementação do 5G standalone. Ao parafrasear o Presidente da Anatel, Carlos Baigorri, Martinhão ressaltou: “Queremos uma Ferrari no 5G, não um Fusca”. Diferente de leilões passados, na política criada para o processo de implementação do 5G, o Secretário destacou que mais de 90% dos investimentos foram convertidos em obrigações, dentro das diretrizes apresentadas pela portaria, com compromisso de investimentos até 2030. Dentre os compromissos estabelecidos estão 36 mil km de cobertura 4G nas rodovias brasileiras, cabos ópticos subfluviais implementados em rios do Amazonas, bem como a implementação de conexão de banda larga em escolas públicas.

Maximiliano Martinhão apresentou os macros números da Anatel, como 357,2 milhões de contratos de telecomunicações (agosto/2022) e 43,7 milhões de acessos banda larga fixa. Sobre o último, o palestrante explicou: “Mais da metade dos usuários de banda larga são atendidos por pequenos provedores de acesso. A legislação brasileira tornou tão simples se tornar um ISP, que no Brasil temos mais de 125 provedores de acesso.”

Transformação Digital por Intermédio do 5G

A respeito do impacto da implementação do 5G no Brasil, Maximiliano elencou 4 principais pilares que irão transformar a sociedade brasileira:

  • Econômico-social: impacto na geração de empregos e formas de trabalho;
  • Infraestrutura: necessidade de aumento de fibra óptica, data-centers para estratégias cloud e a capacidade do core das redes;
  • Dispositivos: maior demanda de celulares com sistemas atualizados e sensores para empresas e indústrias;
  • Serviços: desafio do setor de telecomunicações de deixar de ser um serviço apenas B2C para, principalmente, prestar serviços B2B.

Finalizando sua apresentação, Martinhão ressaltou o sucesso da implementação do 5G no Brasil: “A gente conseguiu em menos de um ano após a realização do leilão já ter o 5G em todas as capitais do Brasil.” Explicou que durante esse processo, a Anatel realizou a conclusão do leilão, a assinatura de contratos com entidades, a limpeza das faixas de frequência e distribuição de kits para famílias que usavam antenas parabólicas para que o 5G estivesse em funcionamento.

Cidades Inteligentes à la brasileira

No painel de abertura da trilha FutureGOV, o foco foi em “construir” as smart cities em todo o País, considerando as necessidades e entraves inerentes das pequenas cidades. Participaram deste painel o gerente de Projetos do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Leonardo Luciano de Almeida Maia; o prefeito da cidade mineira de Caxambu, Diogo Curi; o prefeito de Santa Rita do Sapucaí (MG), Wander Wilson Chaves, e o seu secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, Públio de Paiva Teles. 

Em abril de 2021, o Inatel anunciou um projeto-teste em parceria com o BNDES, o Pilotos IoT & Cidades Inteligentes, para levar projetos de smart cities para alguns municípios, incluindo ambas as cidades representadas no evento. Neste debate, foram apresentadas as primeiras impressões das aplicações de soluções inteligentes para iluminação, segurança e rastreamento de veículos. O principal objetivo do projeto é criar nas cidades envolvidas uma infraestrutura inicial para aplicação de tecnologias de sensoriamento e inteligência artificial, que facilite as decisões dos gestores públicos na utilização dos recursos.

De acordo com Maia, o ideal é começar em pequena escala para que se possa enxergar as vantagens obtidas com estes investimentos. “Algumas prefeituras estão buscando o Inatel para fazer parceria para projetos customizados, que atendam à realidade e as condições financeiras que o município tem”, enfatizou o especialista, que ainda alertou que o BNDES e outros bancos de fomento já oferecem linhas de financiamento para projetos de cidades inteligentes.