Os pilares da chamada Transformação Digital – cloud computing, mobilidade, tecnologias de expansão da infraestrutura de TI e AI, conforme estudo da IDC – receberam altas cargas de investimentos, motivando o crescimento de 4,5% do mercado de TIC no ano passado, o que significou receitas de US$ 38 bilhões no Brasil.
Em todo o mundo, os aportes de empresas e governos no setor chegaram a US$ 2,07 trilhões. No ranking global, o Brasil é o nono colocado. Já na América Latina, é o líder. As informações provêm de uma pesquisa da ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software) e IDC. Conforme o levantamento, em 2018 a tendência é manter a rota de expansão, tendo vistoso crescimento na área pública, que vinha contida nos investimentos em TI nos últimos anos.
No segmento público, dados do MCTIC indicam investimentos por vir da ordem de R$ 4,1 bilhões para tecnologia. Mas por que tanta atenção? Por que no setor de governo a necessidade de produtividade, inovação e melhoria da entrega de serviços e atendimento ao público-alvo é uma exigência tanto quanto o é no setor privado.
É por meio da digitalização dos processos, da modernização dos parques de máquinas e sistemas, que as instituições galgarão, cada vez mais, agilidade, dando conta de suas atribuições de maneira ajustada ao ritmo galopante da sociedade e do mercado.
A era da Transformação Digital pede atualização constante. Mas isso não significa que seja preciso investir o tempo todo e esvaziar os cofres: tecnologia não tem que ser gasto, muito menos ônus. Ao contrário, as tecnologias mais avançadas do momento atual potencializam o investimento recebido e o transformam rapidamente em retorno.
Especialmente na área de infraestrutura, para a qual as demandas de investimento podem ser muito altas se resguardadas configurações ultrapassadas, há muitas opções de tecnologias para atualizar, digitalizar, agilizar e facilitar operações de armazenamento, processamento, desempenho, backup, segurança e estabilidade de dados e sistemas.
Equipamentos modernos, que eliminam antigos servidores e estações de trabalho enormes, engessados e obsoletos, potencializam investimentos e ainda economizam em espaço. Cloud computing permite contar com estruturas elásticas e flexíveis, que atenderão às demandas de armazenamento, processamento e segurança de forma controlada, eficaz e sob total gestão de custos, possibilitando a expansão dos contratos somente de acordo com exatos alargamentos de demandas.
A gestão terceirizada das estruturas de TI é outra tendência, e outro ganho. Outsourcing na implantação e gestão, manutenção e suporte de máquinas é outro serviço que a TI traz para transformar investimentos em incremento de produtividade, já que libera equipes internas, seja de empresas públicas, seja de privadas, para pensar a tecnologia de forma estratégica, alinhada aos planos de ação macro e ao core business.
No Governo ou nas empresas, tecnologia tem de ser para o bem da estratégia e para garantir a qualidade do produto/serviço final. Para tanto, os investimentos não podem cessar, e o estudo da ABES e IDC dá uma mostra de que as organizações estão mais e mais adeptas a esta tendência, que se traduz em benefício para todos os envolvidos: contratante, usuário e, principalmente, o cliente final – ou seja, todos os cidadãos.
* Alexander Barcelos é diretor da LTA-RH