A Telefônica Brasil divulgou o balanço financeiro e operacional do segundo trimestre de 2018. No período, a empresa registrou um crescimento no EBITDA recorrente de 5,8% no comparativo anual, totalizando R$ 3,7 bilhões.
Já o lucro líquido, de R$ 3,2 bilhões, apresentou crescimento de 263% quando comparado ao mesmo período do ano passado, impulsionado, especialmente, pelo aumento do EBITDA e por efeitos não recorrentes do trimestre. Com o resultado, a companhia acumula lucro líquido de R$ 4,3 bilhões no primeiro semestre.
Com o resultado, a margem EBITDA foi a 34,5%, com ganhos de 1,5 ponto percentual frente ao mesmo período de 2017. Considerando os efeitos não recorrentes do período, o EBITDA apresentou crescimento de 46,9%, quando comparado com o segundo trimestre de 2017, totalizando R$5,2 bilhões, com margem de 47,9%.
O fluxo de caixa livre da atividade do negócio também avançou e atingiu R$ 2 bilhões, fechando o semestre em R$ 3 bilhões – alta de 13,9% quando comparado com os seis primeiros meses do ano passado. A receita operacional líquida cresceu 1,1% no segundo trimestre em relação a igual período do ano anterior e os custos operacionais recorrentes, mantendo a trajetória de queda, apresentaram redução de 1,2%, pelo 10° trimestre consecutivo.
O investimento de R$ 2,1 bilhões no segundo trimestre representou 19,8% da receita operacional líquida, e foi destinado, principalmente, à ampliação da cobertura da rede móvel de quarta geração (4G e 4G+ – nome comercial da tecnologia 4.5G) e expansão da rede FTTH – tecnologia que leva a fibra até a casa do cliente.
Negócio móvel segue crescendo
A receita líquida móvel cresceu 4,2% no segundo trimestre de 2018 no comparativo anual, atingindo R$ 6,8 bilhões. No semestre, a receita já atinge R$ 13,5 bilhões. O resultado foi impulsionado pela receita de dados e serviços digitais, que hoje é um dos pilares estratégicos da companhia como alavanca de crescimento de receita, e que apresentou expansão de 11,5% sobre igual período de 2017.
No trimestre, a representatividade da receita de dados e serviços digitais sobre a receita líquida de serviço móvel aumentou para 78,5%, uma evolução de 6,8 pontos percentuais sobre igual período do ano anterior. Também foi positivo o desempenho da receita líquida de aparelhos, que avançou expressivos 60,5% quando comparada ao mesmo período do ano passado.
No mercado de Machine-to-Machine (M2M) a base de acessos segue em forte expansão e atingiu 7,1 milhões de clientes em junho de 2018, um crescimento de 27,1% quando comparado ao mesmo período do ano passado. A Telefônica Brasil também detém a liderança no segmento M2M, com de 41,8% do mercado, em maio de 2018.
Fibra eleva a receita do negócio fixo
A receita líquida do segmento fixo apresentou queda de 3,7% no período, muito influenciada pela redução natural de demanda de voz e pela tarifa de interconexão fixa, ocorrida em fevereiro deste ano. No entanto, a perda na receita foi parcialmente compensada pela evolução positiva da receita de banda larga e de dados corporativos e TI.
A receita de banda larga cresceu 13% no segundo trimestre, puxada pela evolução da UBB, que representou 66% da receita de banda larga, além da expansão da Vivo Fibra para 16 novas cidades em 2017 e 10 novas cidades até o final do mês de julho de 2018. As receitas com FTTH cresceram 48% quando comparado com o mesmo período do ano anterior.