AWS re:Invent 2022, que ocorre nessa semana em Las Vegas, foi palco de apresentação das novas propostas da Amazon Web Services e seus casos de sucesso com empresas parceiras
O evento AWS re:Invent 2022 levou para suas apresentações as novas soluções e tendências do mercado de TI no mundo. O evento ministrou painéis de discussão sobre o tema, além do anúncio das novidades que a Amazon Web Services está trazendo para o mercado.
Entre os destaques, estavam a nova tecnologia de cuidado com cadeia de suprimentos – o AWS Supply Chain – e o Amazon Datazone, um serviço de armazenamento de dados para manter o controle detalhado das informações das organizações. Cada um dos produtos foi exposto junto de uma exemplificação com um case de sucesso de algumas das parceiras da AWS.
Nos últimos anos, as cadeias de suprimento vivenciaram uma volatilidade inédita na relação de oferta e demanda que foi acelerada por escassez generalizada de recursos, problemas geopolíticos e desastres naturais. Essas turbulências pressionam as empresas a traçar planos para lidar com possíveis instabilidades da cadeia de suprimento, responder rapidamente às mudanças nas demandas dos consumidores e manter os custos baixos.
Para ter visibilidade sobre a rede de cadeia de suprimento, as empresas precisam desenvolver integrações personalizadas capazes de acessar e processar dados entre vários sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP) e gerenciamento da cadeia de suprimentos. Esses projetos requerem caras contratações de terceiros e longos ciclos de desenvolvimento. Sem contexto em tempo real, as empresas se baseiam em informações desatualizadas ou suposições que dificultam uma resposta eficaz a imprevistos.
Assim, A Lifetime Brands, empresa fornecedora de produtos domésticos, apresentou sua necessidade resolvida pelo AWS Supply Chain. “Nosso foco mundial e presença em diversas camadas do mercado nos motiva a estar sempre em busca de formas de aumentar a precisão das nossas previsões, de modo que possamos preparar melhor o nosso estoque para atender aos pedidos dos clientes”, afirma Cliff Siegel, vice-presidente executivo de suprimentos globais da Lifetime Brands.
“Estamos encantados com a melhora significativa que o AWS Supply Chain proporcionou no nosso referencial de previsões estatísticas. Estamos muito interessados em usar os insights que o AWS Supply Chain gera sobre prazos de entrega de fornecedores para melhorar ainda mais nossas taxas de atendimento de pedidos”.
Gerenciamento detalhado de dados
Hoje as organizações coletam petabytes, e até exabytes, de dados em diversos departamentos, serviços, banco de dados locais e fontes externas (por exemplo, soluções parceiras e bancos de dados públicos). Antes de as organizações conseguirem aproveitar todo o valor desses dados, os administradores e data stewards (isto é, os produtores dos dados) que geram e gerenciam os dados precisam torná-los acessíveis sem renunciar ao controle e à governança para garantir que apenas as pessoas certas, no contexto adequado, tenham acesso a eles.
Ao mesmo tempo, colaboradores em toda a empresa (isto é, os consumidores dos dados) querem descobrir e analisar as informações dos produtores dos dados para embasar as tomadas de decisões. As organizações precisam equilibrar a necessidade de controle, para garantir que os dados permaneçam em segurança, e a necessidade de acesso, para gerar novos insights. No entanto, é desafiador implementar políticas de governança que levem em consideração a variedade de dados, departamentos e casos de uso no ambiente organizacional.
O Amazon DataZone é um serviço de gerenciamento de dados que torna mais fácil para os produtores dos dados gerenciarem e governarem o acesso a dados. Os produtores ainda usam o portal Web do Amazon DataZone para criar seus próprios catálogos empresariais ao definir a taxonomia dos dados, configurar políticas de governança e conectá-los a diversos serviços da AWS (por exemplo, Amazon S3 e Amazon Redshift), soluções de parceiros (por exemplo, Salesforce e ServiceNow) e sistemas locais.
O Amazon DataZone simplifica as tarefas de manutenção de catálogos usando machine learning para coletar e sugerir metadados (por exemplo, origem e tipo de dados) para cada conjunto e treinando a partir da taxonomia e das preferências de um cliente para ter aprimoramentos gradativos.
O Itaú é uma das empresas interessadas em testar a nova solução da AWS. “Sermos orientados por dados é um dos nossos principais objetivos corporativos, mas precisamos estar sempre buscando o equilíbrio entre o acesso a dados e as nossas políticas de governança e compliance ao usarmos os serviços de analytics da AWS, o que atrapalha a agilidade das nossas equipes”, declara Roberto Figueira, chefe de Engenharia da Plataforma de Dados e Analytics do Itaú Unibanco.
“Temos muito interesse em testar o Amazon DataZone, pois a solução simplificará a governança de dados e facilitará o acesso a dados em todas as unidades de negócios. Com o Amazon DataZone, conseguiremos configurar de maneira fácil, rápida e minuciosa o acesso de equipes de analistas, engenheiros e cientistas de dados para fazer experiências com hipóteses de dados entre diversos casos de uso”.