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ChatGPT: impacto nos negócios será exponencial

ChatGPT: impacto nos negócios será exponencial

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Ferramenta tem a capacidade de revolucionar, e muito, o mercado. Basta às empresas estarem abertas 

*Por Rafael Dourado

Muito além de suprir necessidades de pessoas físicas ou demandas pontuais no trabalho, o ChatGPT, inteligência artificial generativa desenvolvida pela OpenAI, tem o potencial de trazer mudanças significativas também no universo corporativo. Mas ao contrário do que muitos dizem, o ChatGPT não substitui os seres humanos, e sim os empodera e aumenta a eficiência dos profissionais, fazendo-os performar melhor. 

Se ao utilizar essa tecnologia para criar histórias, responder a dúvidas, aconselhar, resolver problemas que exigem raciocínio lógico etc já percebe-se um alto grau de precisão, imagine aproveitar todas as funcionalidades que a ferramenta traz para melhorar a eficiência do atendimento aos clientes, ter suporte multicanal ininterrupto, obter insights e reduzir custos operacionais. 

Ao integrar essa inteligência a outras ferramentas e áreas da empresa em que é necessário lidar com um grande número de dados, é possível potencializar seu uso, diminuindo consideravelmente o tempo gasto efetuando tarefas morosas e gerando mais eficiência ao negócio e melhores performances dos profissionais.  O ChatGPT pode ser customizado para atender às necessidades específicas de cada organização e isso, integrado aos sistemas já existentes, possibilita ir muito além do que a própria solução oferece. 

Para se ter uma ideia da aderência do ChatGPT nas companhias, um recente estudo global da consultoria Bain apontou que as empresas estão usando ou pretendem usar o GPT em áreas como: relação com o cliente, TI, programação; administrativo, assistentes e consultores; e aceleração do desenvolvimento de materiais de marketing.

Benefícios que impulsionam os negócios 

Um exemplo prático das vantagens que essa solução pode trazer aos profissionais que lidam com clientes é a fácil consulta a manuais, documentos, históricos, knowledge centers, políticas de uso de ferramentas/produtos, etc. O robô identifica, em segundos, as informações necessárias que o profissional precisa, poupando grande tempo com pesquisa – um benefício que impacta diretamente na agilidade e qualidade da resolução de demandas, seja por telefone, e-mail ou outro canal. É possível, inclusive, programar o GPT para analisar atendimentos por telefone, para que o robô transforme a conversa em texto, identifique dados, preencha formulários e até mesmo avalie a qualidade do atendimento prestado e o humor do cliente no decorrer da chamada. 

Por conta da criação do ChatGPT, segundo o Disruptor 50 – tradicional levantamento da CNBC – a OpenAI está sendo considerada a empresa mais disruptiva do Vale do Silício. Porém, a startup não conta apenas com o GPT. Eles utilizaram a inteligência artificial generativa para criar outras tecnologias que auxiliam o dia a dia corporativo, como:

  • GPT-3: Ferramenta que entende e gera texto. Toda e qualquer produção textual pode ser criada nele sem a interface de chat e/ou comunicação. 
  • Codex: Criado para compreender e gerar código de programação. Essa funcionalidade acelera o desenvolvimento tanto de códigos-base como a programação em si, facilitando o trabalho dos desenvolvedores. Além disso, pode ser utilizado por pessoas com pouco ou nenhum conhecimento em programação, capacitando-as. 
  • DALL-E: Essa tecnologia pode criar imagens realistas até gerar artes para jogos e filmes. Pode ser muito útil em áreas como design de produtos e visualização de dados.  


Debate global sobre regulamentação 

Ao falarmos de inteligência artificial, temos no mercado inúmeras aplicações que a empregam, proporcionando ganhos expressivos a todos os segmentos que buscam por inovação. Por conta da disseminação de seu uso e aplicabilidade nos negócios, levantou-se a discussão sobre regulamentação. A Europa, por exemplo, está dando os primeiros passos para regulamentar IAs como o ChatGPT. O texto será apresentado ao plenário do Parlamento em junho e, caso seja aprovado, as negociações terão início com os Estados membros da UE (União Europeia) para a redação de uma lei definitiva. Independente de ter ou não uma lei que imponha regras e limites ao uso da IA, sabemos que as empresas devem ter o compromisso de utilizá-la de maneira responsável, transparente, segura e que respeite a privacidade dos usuários. É o mínimo esperado. 

Embora o uso de ferramentas com IA possa ser regulamentado, sabemos que o ChatGPT é uma tecnologia nova, que ainda está em estágio inicial, mesmo já sendo adotado por várias organizações. Apostar em algo novo nem sempre é uma decisão fácil, mas certamente as empresas abertas a conhecer a ferramenta são as que têm mais sede de inovação. Ainda não sabemos qual será o futuro do ChatGPT, porém a disputa para inovar por meio da disrupção é grande e apenas começou. É um movimento que está acontecendo, vejo isso no dia a dia de clientes de diversos setores-chave da economia. Trata-se não mais de tendência e sim de uma realidade. 

Posso afirmar que mesmo que essa solução não evolua mais, estagnando no estágio atual, a versão que se encontra no momento já tem um potencial muito grande para transformar a forma como todos trabalham.

*Rafael Dourado é Operations Manager da Programmers