A Wolters Kluwer Health divulgou um estudo publicado em janeiro, no International Journal of Medical Informatic, que correlaciona diretamente o uso do recurso de suporte à decisão clínica UpToDate com a redução de erros médicos. Os profissionais da saúde do Tokyo Joto Hospital (um hospital comunitário em Tokyo, Japão) que utilizaram a ferramenta apresentaram uma taxa significativamente menor de erros de diagnósticos se comparado com o grupo que não fez o seu uso (2% versus 24%).
Foi destaque ainda no estudo o impacto do recurso de suporte à decisão clínica da Wolters Kluwer na redução da variabilidade de cuidados, aumentando assim a segurança do paciente e melhorando a eficácia clínica da instituição japonesa.
No Brasil, cerca de 829 pessoas morrem diariamente em hospitais públicos e privados por falhas que poderiam ser evitadas, segundo o Anuário da Segurança Assistencial Hospitalar, desenvolvido pelo IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) em parceria com a Faculdade de Medicina da UFMG. O número equivale a três mortes a cada cinco minutos.
A pesquisa teve início em 2016, depois que pesquisadores do Johns Hopkins estimaram que os erros médicos ocupariam a terceira posição entre as principais causas de mortes nos Estados Unidos. Nela, a equipe dos Doutores Taro Shimizu, Takaaki Nemoto e Yasuharu Tokuda procurou avaliar como os sistemas baseados em computadores poderiam ajudar na prevenção e redução de erros de diagnósticos. Os profissionais conduziram o estudo no Tokyo Joto Hospital, um hospital comunitário em Tokyo, Japão.
“Erros de médicos são comuns. Um em cada 10 diagnósticos estão incorretos e uma entre cada três pessoas já vivenciou um erro de diagnóstico. Esse problema é responsável pela maior proporção de reclamações relacionadas à negligência e pelos maiores desembolsos nos Estados Unidos”, exemplifica Peter Bonis, MD, médico-chefe de efetividade clínica da Wolters Kluwer, que acrescenta: “O novo estudo demonstra que recursos baseados em evidência, como o UpToDate, podem fazer uma diferença substancial no processo do diagnóstico”.