Volume de produtos saltou de 9,3 milhões para mais de 20 milhões no período. “Moda”, “Saúde & Beleza”, “Acessórios”, “Casa & Jardim” e “Eletrônicos” foram os segmentos que mais faturaram com o e-commerce no primeiro semestre
O e-commerce continua trazendo resultados positivos para a economia do país. Somente no primeiro semestre de 2021, as pequenas e médias empresas aumentaram em 140% o seu faturamento com as vendas online em comparação com o mesmo período do ano passado. Ao todo, esses empreendedores movimentaram mais de R$ 1 bilhão, contra os R$ 428 milhões calculados no mesmo período de 2020. Esses resultados são baseados no banco de dados da Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 85 mil lojas virtuais na região, em sua maioria, geridas por pequenos e médios empreendedores (PMEs).
Mesmo com o avanço do programa de vacinação contra a COVID-19 e a expectativa de melhora do comércio em todo o país, as vendas pela Internet continuam sendo a alternativa mais viável para muitos comerciantes e estão sustentando o varejo há um ano e meio, desde março de 2020. Um dado que comprova isso é o crescimento de 121% no volume de produtos vendidos, que saltou de 9,3 milhões no primeiro semestre de 2020 para mais de 20 milhões no mesmo período de 2021. É como se 10% da população brasileira tivesse comprado pelo menos 1 produto online nos primeiros seis meses do ano.
“Além das pessoas que já tinham o hábito de adquirir produtos online, calculamos que mais de 3 milhões de brasileiros compraram pela internet pela primeira vez neste primeiro semestre. Isso comprova que realmente houve uma mudança nos hábitos de consumo e que veio para ficar”, afirma Alejandro Vázquez, CCO e co-fundador da Nuvemshop. “Para o próximo semestre, acreditamos que os números continuarão crescendo, principalmente pelo fato de que teremos datas comerciais que são importantes para o e-commerce, como Black Friday e Natal”.
Os segmentos que mais faturaram com o e-commerce nos primeiro seis meses deste ano foram Moda (R$ 342,8 milhões), Saúde & Beleza (R$ 85,8 milhões), Acessórios (R$ 72,3 milhões), Casa & Jardim (R$ 42,2 milhões) e Eletrônicos (R$ 27,7 milhões). Em contrapartida, os que mais aumentaram suas vendas e estão ganhando cada vez mais força no e-commerce são o de Antiguidades (+782%), Joias (+174%), Brinquedos (+127%) e Artes & Artesanatos (+126%).
Na primeira metade do ano, 73% das vendas online foram feitas por celular, enquanto 26% foram realizadas por computadores. Outro dado que chama a atenção é o ticket médio, calculado em R$218 neste semestre. No ano anterior, o ticket médio foi de R$213. Isso significa que os consumidores estão comprando em mais quantidade, além de estarem pagando ainda mais pelos produtos.
Para Vázquez, a previsão é que o comércio digital continue em expansão no Brasil, tornando-se um hábito constante de consumo para a maioria dos brasileiros. “Prevemos uma disrupção massiva no comércio entre os próximos 15 e 20 anos, o que nos deixa confiantes de que, em média, 80% das vendas passarão de alguma forma por plataformas digitais. E nós, como líderes no setor, temos o papel fundamental de reduzir as barreiras do empreendedorismo para potencializarmos e motivarmos histórias que transcendam, garantindo que as PMEs tenham acesso à tecnologia de ponta e à economia de escala que, até então, estavam disponíveis apenas para os gigantes do varejo”, reforça o executivo.
São Paulo é o estado que mais fatura com o e-commerce no Brasil
Assim como registrado em 2020, São Paulo continua sendo o estado que mais fatura com as vendas online no país. Somente neste primeiro semestre, os pequenos e médios empreendedores da região movimentaram mais de R$ 347,4 milhões. Minas Gerais foi o segundo estado com maior faturamento, calculado em R$ 106 milhões, seguido por Rio de Janeiro (R$ 87,7 milhões).
“Uma curiosidade é que além de São Paulo ser o estado que mais fatura com o e-commerce, ele também é a localidade que mais compra produtos no ambiente virtual. De acordo com o nosso banco de dados, 28% das vendas online saem de São Paulo e são entregues para clientes do mesmo estado. Além disso, Minas Gerais e Rio de Janeiro são outras duas regiões que também compram muitos itens pela internet”, completa Vázquez.