Na manhã desta terça-feira (30), durante a abertura da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva a proposta do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). Ontem (29), o plano foi aprovado pelo Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), prevendo um investimento de R$ 23,03 bilhões em ações no setor, abrangendo o período de 2024 a 2028.
Presente na abertura da conferência, o presidente Lula enfatizou a importância do plano, afirmando que a iniciativa não pode ser negligenciada. Ele destacou a necessidade de gerar empregos e formar jovens capacitados no setor de IA, considerando o plano um marco para o Brasil. Na próxima semana, Lula pretende discutir a iniciativa com os ministros, reforçando a necessidade de ousadia para que o Brasil avance tecnologicamente.
“A nossa Inteligência Artificial precisa ser inteligente. Queremos gerar empregos para milhões de jovens nesse país. Estamos vivendo um momento muito importante, o que vocês fizeram hoje envolvendo essa proposta de IA, algo pensado pela universidade e cientistas brasileiros, é um marco para o país. O Brasil precisa aprender a voar e precisamos ter ousadia de fazer as coisas acontecerem” comenta Lula.
Luciana Santos, Ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, destacou a ousadia do plano e sua viabilidade, comparando-o aos investimentos da União Europeia, e ressaltou a importância de garantir soberania e autonomia na produção de IA no Brasil. Segundo a ministra, o plano é resultado de quatro meses de elaboração estratégica, abordando tanto os riscos quanto as oportunidades oferecidas pela inteligência artificial.
O PBIA tem como objetivos principais equipar o Brasil com infraestrutura tecnológica avançada e alta capacidade de processamento. Além disso, o plano visa desenvolver modelos avançados de linguagem em português, utilizando dados nacionais que refletem as características culturais, sociais e linguísticas do país. Outro objetivo é promover a liderança global do Brasil em IA através do desenvolvimento tecnológico nacional e de ações estratégicas de colaboração internacional.
As recomendações do plano estão divididas em cinco eixos, com destaque para a Infraestrutura e Desenvolvimento de IA, e a utilização da Inteligência Artificial para a melhoria do Serviço Público e para a Inovação Empresarial. Um exemplo de ação é o investimento em um supercomputador para o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), que atenderá tanto centros de pesquisa quanto a iniciativa privada.
*Com informações do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT)
