Executivos da fintech Shipay e das redes Constance Calçados e Mr. Cheney apontam os benefícios do novo sistema do BC
A introdução do Pix vem impactando diretamente o varejo como meio de pagamento digital, dado que o novo sistema do Banco Central vai operar como uma carteira digital, avaliam executivos do setor. Rachel Mendonça, diretora de gestão do franqueado na Constance Calçados, empresa com mais de 170 lojas franqueadas em 11 Estados brasileiros, aponta expectativas positivas sobre o novo modelo de pagamentos. Na opinião da executiva o alto volume de vendas deve trazer uma lucratividade maior para as empresas.
“A plataforma deve substituir vendas no boleto, no dinheiro em espécie e até no débito e no crédito. As taxas para empresários são mais atraentes e essa é uma das principais vantagens do Pix para o varejo”, afirma Rachel. A rede começou a operar o Pix já na primeira semana em que o novo sistema do Banco Central entrou em vigor.
Para Luciano Corrêa, Head de Operações da rede Mr.Cheney, especializada em cookies e guloseimas americanas, com mais de 70 lojas em 12 Estados brasileiros, o Pix deve facilitar a experiência dos clientes, a partir somente da utilização de um smartphone. “Nossa leitura é que isso terá um efeito positivo no processo de compra dos nossos clientes”, avalia o executivo. O custo reduzido e a liquidação 24 horas, sete dias por semana do Pix vai gerar eficiência operacional e maiores lucros.
A fintech Shipay, startup fundada com executivos egressos da Totvs, Mastercard e Citibank, fornece uma solução que permite ao varejo centralizar no terminal do caixa o Pix e todas as carteiras digitais, facilitando a operações e garantindo mais segurança às transações. O CEO e co-fundador da empresa, Charles Hagler, explica as vantagens do Pix em termos de economia e rapidez.
“No Pix, é como se as transferências de dinheiro fossem feitas direto para a conta. Em outros meios de pagamentos, os varejistas pagam uma taxa e demoram alguns dias para receber o valor da venda”, explica Hagler.