Cinquenta por cento dos CIOs (Chief Information Officers) e executivos de tecnologia de fora dos Estados Unidos (EUA) antecipam mudanças no envolvimento com fornecedores devido a fatores regionais, em comparação com apenas 31% de seus colegas baseados nos Estados Unidos, de acordo com uma pesquisa global anual feita com mais de 2.500 CIOs e líderes de tecnologia realizada pelo Gartner.
“Impulsionados pela geopolítica da Inteligência Artificial (IA), os CIOs e executivos de tecnologia devem reconhecer que a localização geográfica dos fornecedores e os riscos de soberania de dados são agora vistos por muitos de seus pares como uma consideração crítica no desenvolvimento de um portfólio global de fornecedores”, diz Chris Howard, Vice-Presidente Analista Emérito e Chefe de Pesquisa do Gartner. “É provável que esse critério ganhe ainda mais importância devido aos crescentes riscos geopolíticos e pressões em relação a custos.”
A 2026 Gartner CIO and Technology Executive Survey coletou dados entre maio e junho de 2025 de 2.501 CIOs e executivos de tecnologia com representação de todas as regiões geográficas, faixas de receita, bem como setores públicos e privados da indústria. Devido a esses riscos geopolíticos e pressões por custo, um em cada três CIOs de fora dos EUA está buscando aumentar o foco no envolvimento com fornecedores de tecnologia baseados em sua região. Apenas 16% dos CIOs dos Estados Unidos estão fazendo afirmações semelhantes.
“Todos os fornecedores de tecnologia, mas especialmente aqueles nos Estados Unidos, devem estar cientes disso, pois é uma ameaça à sua capacidade de atuar como ‘fornecedores preferenciais’ em um mercado global. Isso pode ser o início de uma mudança na hegemonia que se desenrolará nos próximos anos”, diz Howard.
O estudo mostra que com as decisões estratégicas em relação aos fornecedores sendo moldadas pelas necessidades de negócios e pela dinâmica do mercado em evolução, os CIOs ainda estão priorizando o aumento agressivo do investimento em IA e tecnologias de suporte que criarão diferenciação competitiva.
“2025 foi sobre pilotos de IA, descoberta e experimentação. 2026 será sobre a entrega do Retorno sobre Investimento da IA agêntica”, diz Kris van Riper, Vice-Presidente de Prática do Gartner. “A GenAI continuará sendo importante, mas a IA agêntica logo se tornará o principal foco de investimento. A IA agêntica oferece um caminho mais direto de valor para os negócios do que as iniciativas anteriores da GenAI. No entanto, para ter sucesso na obtenção de valor com esses investimentos, são necessárias capacidades desenvolvidas internamente em cinco pilares de valor principais: um roadmap de IA alinhado aos negócios, metas de valor claras e mensuráveis, iniciativas de aprimoramento de habilidades para a preparação da força de trabalho, práticas robustas de governança de dados e a capacidade de redefinir as prioridades dos recursos.”
Os pesquisadores reforçam que a falha na execução desses elementos representa o risco de não atingir as metas críticas de ROI. Investir nesses pilares para obter valor é especialmente importante neste momento, pois 64% dos executivos de tecnologia planejam implementar IA agêntica nos próximos 24 meses. “Essa progressão reflete um foco estratégico em aproveitar a próxima fronteira da IA para obter maior impacto nas operações e na experiência do cliente. Vemos uma priorização significativa dos investimentos em Inteligência Artificial, que devem crescer mais de 35% na comparação ano a ano. Isso ocorre em um contexto de orçamento de TI muito restrito”, finaliza van Riper.
