A maior organização mundial técnico-profissional dedicada a avanços tecnológicos para benefício da humanidade prevê que a blockchain, tecnologia por trás das criptomoedas, passará por avanços que estão saindo do campo das pesquisas e chegando aos produtos. De acordo com o especialista em criptohardware Bruno Albertini, membro do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE) e professor da PCS-EP-USP, entre as novidades estão a possibilidade de editar uma blockchain e os smarts contracts.
Na vida cotidiana, é esperado que, com a adoção das criptomoedas baseada em blockchain, principalmente por governos, estas passem a ser legais e de uso comum, como hoje usamos o cartão de crédito ou débito. Em um cenário de adoção massiva, as pessoas não mais precisarão ter conta em banco e uma transferência custará muito pouco (ou até mesmo nada), seja ela para seu vizinho ou para um usuário do outro lado do mundo. Será possível viajar para outros países e pagar com a mesma criptomoeda que você usa aqui, sem taxas, sem impostos e sem burocracia.
A princípio, ela não pode ser editada, mas as pesquisas com criptografia de chave compartilhada e hash permitiram que versões de blockchain fossem editáveis por um conjunto de entidades que detém uma senha. Isto permite, por exemplo, seja utilizada para registro de imóveis, mas sem violar a lei: caso um juiz decida que a blockchain deve ser alterada, esta poderá ser modificada por quem detém a chave, como entidades governamentais.
O segundo avanço diz respeito aos smart contracts. As blockchains que estão surgindo possuem essa funcionalidade e permitem que se faça o equivalente a contratos de mercado futuro, mas utilizando criptomoedas.