Presidente da ABCD participou da palestra “Open Banking e as oportunidades do Open Finance no mercado de crédito”, durante o Cred-Tech Brasil
Em pé de igualdade com as experiências internacionais do Open Banking, o Brasil tem demonstrado um padrão de qualidade na construção do Open Finance que tende a promover em pouco tempo uma mudança cultural entre os provedores de crédito, potencializando a capacidade de enxergar os clientes e de aumentar a responsabilidade dos brasileiros por seu comportamento financeiro.
As conclusões foram apresentadas por Sandro Reiss, presidente da Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD), na palestra “Open Banking e as oportunidades do Open Finance no mercado de crédito”, durante a segunda edição do Cred-Tech Brasil, evento cujo objetivo é desenvolver o ecossistema de fintechs de crédito no país.
“Por enquanto, no Brasil, nós fizemos um padrão de entrada e um protocolo básico de troca de informações, tem muita coisa pela frente ainda. Mas a aderência que vemos ao Open Finance e a disponibilidade de vários agentes de usar o sistema como uma forma de ampliar o acesso dos clientes a produtos e serviços cria um ambiente favorável para que em pouco tempo tenhamos uma experiência completamente diferente, um patamar acima do que enxergamos hoje”, afirma Reiss.
“O brasileiro típico, por exemplo, usa crédito para pagar contas básicas de consumo e do dia a dia, e, em geral, tem um nível de educação financeira baixo, mesmo aqueles que são bancarizados. Com o Open Finance, teremos a possibilidade de entregar insights e instrumentos acionáveis para que os clientes portem uma dívida cara para uma mais barata. Será possível enxergar o contexto inteiro do endividamento, com várias camadas”, pontua o executivo.
“Para isso, dependeremos não só da infraestrutura, mas também de uma mudança cultural de quem provê crédito. Hoje ainda vemos os grandes provedores pensando que os clientes são deles, mas os clientes não são de ninguém. O cliente está em algum lugar fazendo alguma coisa”, completa o presidente da ABCD, que projeta que daqui a um ano a pauta do Open Finance no crédito será a transferência de saldos.