A Oi registrou um lucro líquido contábil de R$ 30,5 bilhões no primeiro trimestre de 2018, refletindo a aprovação do plano de recuperação judicial que reduziu a sua dívida em mais de R$ 36 bilhões. Em dezembro, credores da operadora aprovaram por ampla maioria o plano de reestruturação judicial e incluiu a conversão de dívida em capital da empresa e injeção de capital de R$ 4 bilhões, que poderá ser feita até o início de 2019.
A empresa encerrou o primeiro trimestre com uma dívida total de R$ 13,5 bilhões e posição de caixa de R$ 6,2 bilhões de reais. A dívida líquida, que era de R$ 47,6 bilhões no fim de dezembro, recuou para R$ 7,3 bilhões no fim de março.
“A companhia se prepara para um novo ciclo de crescimento que se dará com a aceleração dos investimentos financiada pelo aumento de capital”, disse a empresa em comunicado, acrescentando que o plano de investimento adicional financiado por aumento de capital prevê investimentos de R$ 7 bilhões anualmente para os próximos anos, com estratégias direcionada ao acesso para rede fixa e móvel.
De janeiro a março, a receita líquida total consolidada foi de R$ 5,67 bilhões, queda de 8% em relação ao mesmo período de 2017 e de 2,7% ante o trimestre anterior. A queda na comparação anual, segundo a empresa, é explicada pelo corte das tarifas reguladas de interconexão e de ligações fixo-móvel, queda natural de mercado do tráfego de voz e nos volumes de recargas e nas receitas do segmento B2B.
Estratégia
A Oi destacou que as incertezas em torno do plano de recuperação judicial dificultaram a aquisição de novos clientes de B2B, serviço impactado também pela crise econômica, que aumentou o risco de crédito e levou clientes a promover redução de custos.
No entanto, a empresa acredita que após a redução das incertezas, diante da aprovação do plano de recuperação judicial, há espaço para iniciar o processo de recuperação do serviço de B2B. A estratégia de receita deste ano prevê o aumento da convergência de serviços, além de mais ofertas de dados e conteúdo.
*Com informações da Agência Reuters