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Obsolescência tecnológica: o Low-Code como remédio dos sistemas legados

Obsolescência tecnológica: o Low-Code como remédio dos sistemas legados

O Low-Code surge como uma tendência no mercado, trazendo um desenvolvimento de aplicações com menos código e uso de recursos de inteligência artificial, resultando numa programação simplificada e acelerada

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*Ricardo Recchi

 

Com as constantes mudanças impulsionadas pela Transformação Digital, o conceito obsolescência tecnológica se tornou realidade no mundo do desenvolvimento de software. Esse foi o nome dado ao processo pelo qual uma tecnologia existente, seja hardware ou software, se torna ultrapassada e menos eficiente ao longo do tempo.

 

Dessa forma, as empresas passam a sofrer com os chamados sistemas legados, que são aplicações desatualizadas, entendidas como obstáculos para o crescimento, assim como para a programação, trazendo dificuldades para os desenvolvedores tradicionais. Essa dinâmica ocorre por inúmeros motivos, como a evolução dos padrões da indústria, o surgimento de novas tecnologias, a falta de suporte ou atualizações e até mesmo a obsolescência planejada pelos fabricantes para incentivar a compra de versões mais recentes.

 

Os códigos desatualizados e difíceis de manter frequentemente acarretam um custo operacional para organizações, já que os desenvolvedores tradicionais enfrentam o desafio de manter essas aplicações antigas funcionando, fazendo atualizações longas e complexas, o que resulta na perda de tempo e de recursos financeiros. Outro problema trazido pela obsolescência tecnológica é a perda de competitividade, já que, com aplicações desatualizadas, as empresas não conseguem acompanhar as demandas de mercado.

 

Uma pesquisa da Digigee entrevistou mil executivos na América do Norte, questionando quais são as maiores dificuldades enfrentadas por eles na integração de sistemas. O principal desafio apontado pelos participantes foram exatamente os sistemas legados. Outra análise, encomendada pela Nokia e conduzida pela Analysys Mason, indicou que as tecnologias obsoletas impedem que diversos CSPs (Communications Service Provider), globalmente, acessem conjuntos de dados de alta qualidade, os impedindo de integrar inteligência artificial em suas redes, o que dificulta as evoluções, resultando em gastos operacionais desnecessários.

 

Mas existem caminhos para contornar os desafios e, nesse sentido, é necessário buscar, primeiramente, plataformas modernas de desenvolvimento de sistemas, que possibilitem a atualização de soluções de forma ágil. Nesse contexto, o Low-Code surge como uma tendência no mercado, trazendo um desenvolvimento de aplicações com menos código e uso de recursos de inteligência artificial, resultando numa programação simplificada e acelerada.

 

Ao reunir e automatizar linguagens de programação e padrões das principais ferramentas tecnológicas de mercado, como SAP, SAP Fiori, Chatbots, Angular ou até mesmo ferramentas de design, como Sketch e Figma, o Low-Code facilita o processo de evolução de aplicações, mantendo o código gerado sempre atualizado, garantindo assim, longevidade para o software.

 

Além disso, a automação de códigos permite que o desenvolvedor se concentre em aspectos mais estratégicos do desenvolvimento, como arquitetura, tomada de decisões e otimização de desempenho, bem como o retorno sobre o investimento ou a oportunidade de incorporar novas tecnologias disruptivas, como Super Apps ou soluções de IA.

 

Outro fator interessante é que Low-Code é um aliado na construção de uma cultura DevOps, já que possibilita a integração de todos os processos da área, o que também contribui para a atualização de sistemas dentro de uma mesma companhia. Esses fatores não apenas melhoram a produtividade, mas também reduzem o risco de erro humano associado à codificação manual, facilitando a transição para novas tecnologias.

 

Na era da Transformação Digital e com novas tecnologias surgindo a todo tempo, os sistemas vão precisar de atualizações e evoluções constantes e o Low-Code é uma opção para as empresas garantirem a entrega de soluções em prazos reduzidos e que, se adaptam com agilidade às demandas do mercado e de seus clientes.

 

*Ricardo Recchi é country manager Brasil, Portugal e Cabo Verde da Genexus by Globant