A plataforma brasileira de comércio eletrônico, Nuvem Shop, fez um estudo baseado no comportamento de mais de 1 milhão de consumidores. Estes clientes das lojas da plataforma realizaram mais de 120 milhões de visitas e o resultado desta análise diz bastante sobre os caminhos do mercado.
Hoje, os varejistas precisam adaptar-se aos novos hábitos de consumo. Na Nuvem Shop, por exemplo, não há mais lojas que realizam vendas exclusivamente via desktop. Já o oposto tem acontecido: 14% das lojas da plataforma concretizam mais de 80% das suas vendas através de um dispositivo móvel.
Em um comparativo da evolução das visitas, em relação às vendas via dispositivos móveis, feito entre as lojas hospedadas na plataforma, observa-se que em 2015, 50% das visitas eram provenientes de mobile e 50% chegavam via desktop.
Em 2016, os dispositivos móveis ultrapassaram os acessos por desktop, chegando a 58%, frente a 42% do dispositivo fixo. Em 2017, os números deram um salto ainda mais significativo, onde as visitas recebidas de smartphones e tablets chegaram a 69%, deixando o desktop completamente para trás, com apenas 31% dos acessos.
A mudança no comportamento dos usuários em relação ao dispositivo preferido de acesso às lojas online reflete diretamente nas vendas, passando de apenas 30% das vendas efetivadas via mobile em 2016, para 45% em 2017: um salto de 50% em apenas um ano.
Por conta de questões ligadas a confiabilidade e navegabilidade, o desktop ainda permanece com maior taxa de conversão de vendas, cerca de 55%, mas a tendência dentro dos próximos um ou dois anos, é que ocorra a mesma virada observada nos percentuais de visitação, com os dispositivos móveis assumindo a liderança na preferência dos consumidores para compra.
M-commerce
Um outro forte sinal da tendência mobile que o mercado vem experimentando é a aproximação dos valores de ticket médio das compras via dispositivos móveis, em relação ao desktop. Em 2017, o ticket médio de compras feitas por smartphones e tablets foi de R$ 200,19, enquanto a média de valores das compras feitas no desktop chegaram a R$ 258,77.
Uma das razões para o ticket médio ser menor via dispositivos móveis, logicamente, é a questão da confiança do consumidor em fazer compras de maior porte através esse tipo de dispositivo. Com as mudanças observadas no perfil do cliente online e a tendência à fabricação de dispositivos móveis cada vez mais sofisticados e repletos de novos recursos, esta realidade está prestes a se transformar.
Soma-se a isso o fato de que o cliente ainda está começando a experimentar e se sentir à vontade com esse tipo de transação. Nas primeiras experiências, o consumidor compra volumes menores, o que somado ao baixo valor de risco de investimento adotado por ele, resulta em um ticket médio inferior ao alcançado no desktop. A reversão desse quadro seguirá com o aumento da confiança em suas experiências positivas em transações online.
Redes Sociais
A posição de destaque das redes sociais como canal de atendimento preferido pelos consumidores não é obra do acaso. Diante de tantas alterações relativamente recentes nos hábitos de consumo, certamente, uma das que mais se mostram evidentes e bem sucedidas é a utilização destes meios, não só como canais de divulgação, e de atendimento, mas também para efetivação de vendas.
Entre as redes sociais, os meios mais direcionados para a exposição de imagens, como Pinterest e Instagram, ganharam bastante espaço na estratégia de exposição das marcas e vendas de produtos. Lojistas e demais serviços online devem ficar atentos às tendências e fazer rápidas adaptações para possibilitar, cada vez mais, a conversão de acessos em vendas.