Autonomia, agilidade, facilidade de uso e aumento da produtividade. Parece uma fórmula da perfeição inatingível, em se tratando de software, mas é um caminho bem possível quando se fala do conceito de self-service BI.
Definido pelo Gartner como um tipo de tecnologia para Inteligência de Negócios em que os usuários finais podem criar e gerar seus próprios relatórios e análises, a partir de uma plataforma previamente concebida e apta a suportar estas interações, o self-service BI traz estes benefícios tanto para o end user quanto para o canal revendedor ou integrador.
Para o primeiro, o benefício básico está no autoatendimento. Os usuários ganham total autonomia para escolher dados e dashboards mais úteis e gerar relatórios personalizados, bem como personalizar consultas analíticas, tudo diretamente na ferramenta e a partir de onde estiverem – uma vez que o conceito SaaS em nuvem acompanha o self-service BI.
Este “autosserviço” aumenta em muito a rapidez na consulta a informações, a agilidade na análise de dados e cenários e a tomada de decisões de negócio, gerando muito mais produtividade, colaborando para o incremento da competitividade e, é claro, reduzindo o tempo destinado à captação, seleção, organização e distribuição de informações.
Neste caso, caberá às equipes de TI ou aos fornecedores do software auxiliar os usuários finais no entendimento dos dados e funções disponíveis, bem como nas políticas de acesso e privacidade estabelecidas. Pronto, a partir disso os usuários poderão se concentrar na utilização dos dados, e não na operação da tecnologia para geri-los.
O mesmo benefício desta autonomia e agilidade é levado aos canais de revenda e serviços na área de BI. Uma software house de qualquer área pode, por exemplo, incrementar seu portfólio com uma solução de analytics sem gastar um mísero real em desenvolvimento de software.
Como? A partir das apps analíticas prontas entregues junto a plataforma de BI. Neste modelo, o parceiro pode focar a integração do sistema de Analytics a suas demais soluções, ou mesmo a venda complementar do BI em separado, como um produto a mais de seu portfólio, e preocupar-se unicamente com a prospecção e a coleta dos resultados desta nova frente de geração de receita. A preocupação com a criação das features, das apps analytics a serem oferecidas ao cliente final, já ficou lá atrás, com o fabricante do BI.
É um conceito que, além de tornar muito simples a expansão da oferta de software, também agiliza o incremento dos ganhos com serviços. Isto porque a camada de Analytics agrega poder de decisão ao usuário, compondo uma parte essencial da esfera de inteligência e estratégia de negócios. Logo, será necessário suporte especializado e constante, treinamento para que o usuário consiga extrair o máximo da solução contratada, consultoria para que o sistema seja realmente alinhado às demandas da TI e aos objetivos do negócio do cliente, entre tantas outras possibilidades.
Quando se fala em APPs Analytics, se fala em oportunidade – de negócios para quem vende, de ganho de poder por meio da informação para quem compra. É um modelo ganha-ganha-ganha, pois beneficia o fabricante do software, o canal de venda e serviços e, na ponta, o cliente final.
Assim como na app store de seu smartphone, o cliente-canal pode acessar o market place e aderir a apps que julgue indicadas para complementar sua oferta ou aumentar sua base de prospecção e crescimento na carteira de clientes, incrementando ainda mais o portfólio e as frentes de geração de receita.
Não é um mercado para ficar de fora, certo?
*Augusto Fleck é CTO da BIMachine