Especialista em cloud cita planejamento e preparação adequados para investir na tecnologia
A nuvem ocupa o segundo lugar na lista de prioridades dos CIOs da América Latina, de acordo com um estudo realizado pela International Data Corporation (IDC). A cloud aparece atrás da segurança e à frente da análise de Big Data/Business Intelligence. “A nuvem tem sido o ambiente ideal para organizações que buscam mobilidade, flexibilidade, agilidade e resiliência no dia a dia corporativo. É por meio dela que se consegue acessar ambientes digitais a qualquer hora e de qualquer lugar. Isso é fundamental no atual cenário altamente competitivo”, explica Jane Greco, diretora na MPE Soluções.
O executivo destaca que, na jornada em cloud computing, muitas organizações têm optado estrategicamente pelo ambiente híbrido. A ideia é manter os dados confidenciais na nuvem privada, um ambiente personalizado e gerido pela própria organização, enquanto as informações menos sensíveis ficam armazenadas da nuvem pública. “Essa combinação, além de ser uma via para acelerar a transformação digital no negócio, ainda otimiza os investimentos da companhia em recursos tecnológicos”, considera Greco.
Para extrair o potencial máximo da hybrid cloud ou nuvem híbrida, Greco sugere sete boas práticas:
1. Planeje a adesão e/ou migração – O seu negócio é feito de pessoas, processos e tecnologias que precisam operar em alinhamento. Então, antes de qualquer iniciativa de adesão e/ou migração para a nuvem híbrida, trace um plano com ações, metas, datas, responsabilidades, responsáveis e previsões de custos. Garanta que o projeto como um todo tenha um dono e que o documento contemple tanto os benefícios de executar a ação quanto os riscos ao ignorá-la. Considerar a opinião e as necessidades das diferentes áreas do negócio no momento da decisão também ajuda no processo de fazer melhores escolhas.
2. Pesquise antes de escolher o provedor – Na escolha do provedor mais indicado para a sua organização, tenha atenção aos detalhes. Isso inclui tecnologia utilizada, suporte oferecido, segurança das informações, estabilidade do ambiente, integrações do serviço, escalabilidade, custo-benefício e diferenciais reais diante da concorrência. Na dúvida, procure auxílio de um parceiro especializado.
3. Crie uma rotina de constante acompanhamento do ambiente – Não basta simplesmente aderir à nuvem híbrida. É preciso garantir que a equipe esteja capacitada e qualificada a utilizar o ambiente e que as funcionalidades e capacidades dele estejam alinhadas às necessidades do negócio.
4. Busque por parceiros especializados – É possível fazer a migração para a nuvem híbrida e se manter nela com o apoio de uma equipe interna de tecnologia e segurança da informação. Porém, considerando a rotatividade dos profissionais da área e as especificidades que compõem o ambiente de cloud computing, o mais recomendado é contar com o serviço de um parceiro especializado em nuvem. De preferência algum cuja equipe se mantenha atualizada com relação às melhores práticas e aos principais riscos do ambiente.
5. Governança de dados – Ter uma política interna para acompanhar a jornada de dados dentro do ambiente digital da empresa é fundamental tanto para mitigar riscos relacionados à segurança da informação quanto para estar em conformidade com a rigorosa Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
6. Priorize a segurança das informações – É possível que essa informação não seja novidade para você. Porém, sempre é bom reforçar que, no ambiente da nuvem, a segurança é compartilhada. Isso quer dizer que o provedor é responsável pela estabilidade do ambiente, enquanto a segurança das informações e das aplicações nele inseridas é de responsabilidade de quem contrata o serviço.
7. Plano de contingência – Todos sabemos que tem aumentado o número de ataques cibernéticos às empresas. Também não é novidade que um vazamento de dados ou danos às informações de uma base podem gerar prejuízos financeiros e/ ou reputacionais para uma organização. Dessa forma, além de proteger o ambiente digital com robustas soluções de tecnologia, é fundamental que a companhia tenha um plano de contingência para garantir que as equipes de TI e SI saibam o que fazer diante de um incidente no ambiente ou ineficiência da nuvem.