A digitalização abre um leque de oportunidades para conhecer o cliente, personalizar ofertas, capturar dados e, com isso, entender o que acontece com a dinâmica do seu sortimento em todo processo da jornada do consumidor. Ou seja, o varejista não pode mais atuar numa constante, em uma previsibilidade conservadora. A transformação é rápida, diária e está em movimento.
Para Miriane Paulino, líder de Varejo da Diebold Nixdorf no Brasil, diante do impacto da digitalização do varejo, é preciso alcançar o cliente seja qual for o canal de venda e navegar em todas as frentes. “A crise trouxe um ensinamento, um despertar para que as coisas sejam feitas de formas diferentes e uma obrigatoriedade em pensar fortemente em inovação”, pontua Miriane.
Se antes os clientes compravam tudo o que as marcas queriam vender, agora empresas e marcas precisam conhecer o comportamento de cada consumidor. É o desafio de operar não mais em massa, mas gerar grandes volumes por meio das vendas individualizadas.
Na visão de Miriane, a chave para o varejista ser mais assertivo em um mercado de exigências e mudanças constantes é depositar o poder de decisão nas mãos dos clientes. O autoatendimento, solução conhecida como Self-Checkout, é mais uma opção de terminal ponto de venda que permite uma nova experiência ao consumidor, de escanear os produtos através dos códigos de barras, validar pesos e efetuar o pagamento, seja em cartão de crédito ou débito e, em alguns casos, até mesmo em dinheiro.
Posicionamento
As demandas do Varejo são tão fortes que impactaram, inclusive, o mercado de tecnologia, fazendo com que grandes players de TI remodelassem o modelo de negócio. No caso da Diebold Nixdorf, que possui um histórico focado em transformação digital do ambiente bancário, hoje, tem ações focadas também no setor de Varejo.
No ano passado, a empresa adquiriu a Wincor Nixdorf e elevou sua liderança no segmento bancário, impactando em um market share global em 33%, enquanto que no Brasil esse número subiu para 50% no setor de ATMs. Como a fusão, a empresa passou a atuar mais fortemente no Brasil em Automação Comercial com a criação de uma nova unidade de negócio: a área de tecnologia para o Varejo.
Essa unidade de negócio nasceu com o amadurecimento necessário para lidar com as mais diversas exigências mercadológicas com soluções focadas no valor agregado. O portfólio da empresa inclui tecnologias que são customizadas para um varejista digital, com foco na oferta de autonomia e uma nova experiência na jornada do cliente na loja.
“Tivemos um 2017 incrível de atuação no varejo com grandes casos de sucesso. Para 2018, as perspectivas seguem muito boas, já que o setor está a todo vapor com uma agenda cheia de projetos e planos de negócios”, acrescenta a executiva. Para ela, o recente cenário econômico possibilitou várias reflexões, dentre elas a de que o papel efetivo da tecnologia não é a tecnologia por si só e sim usá-la assertivamente olhando para dentro e fora da operação.
“Gerar mais e novas receitas prevê revisão de processos e mover-se rapidamente. É aí que a tecnologia entra como aliada. O desafio está em equilibrar a equação inovação versus investimentos. Sendo que o grande investidor na ponta é o consumidor”, conclui Miriane.