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Mercado Livre mira setor de PME com novo sistema de gestão

Mercado Livre mira setor de PME com novo sistema de gestão

Varejista e uma das maiores empresas de tecnologia para o comércio eletrônico anuncia lançamento do Mercado Back Office Express, fruto da aquisição da empresa KPL Soluções, com objetivo de profissionalizar operações de e-commerce

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Segundo estudos realizados pelo Mercado Livre junto a seus vendedores, um pequeno empreendedor do e-commerce chega a gastar o equivalente a 10 dias no mês para fazer a gestão de suas vendas. Com o sistema ERP esse tempo é reduzido para o que equivale a um dia no mês, além da redução de erros humanos durante a operação. Pautado nesta constatação, o Mercado Livre acaba de lançar um sistema de gestão para pequenos vendedores, que os permitirá organizar e profissionalizar suas operações no comércio eletrônico.

 

O sistema, que recebe o nome de Mercado Back Office Express, é o principal resultado da aquisição da empresa KPL Soluções, realizada dois anos atrás, que previa o desenvolvimento de um produto que apoiasse micro e pequenos empreendedores (com volumes de cerca de 300 vendas por mês). A tecnologia é gratuita e nesta fase inicial está disponível aos vendedores que atuam no marketplace do Mercado Livre. Em uma segunda fase, uma versão do Express será oferecida também ao e-commerce como um todo, atendendo a lojas online próprias e outros marketplaces.

 

A ferramenta oferece ferramentas que automatizam as etapas de recebimento de pedidos; emissão de nota fiscal e cálculo de impostos; controle de fluxo de caixa; controle de estoque; conferência de pedidos e emissão de etiqueta de postagem. Com essas fases automatizadas e agilizadas pelo sistema, o empreendedor terá uma economia média de tempo de 75 horas por mês.

 

Novo rumo

 

Com essa iniciativa, o Mercado Livre apresenta ao mercado a mais nova área de negócios de seu ecossistema: o Mercado Backoffice, responsável por desenvolver tecnologias para a gestão no comércio eletrônico. A nova unidade atenderá, com este lançamento, todos os portes de vendedores: micro e pequenos, com o ERP lançado rec-em-lançado; e médias e grandes empresas de e-commerce, com o sistema KPL Enterprise já conhecido por centenas de clientes e o motivador inicial da aquisição. À frente dessa nova área, está o executivo Renato Pereira.

“Temos pesquisas que mostram que a demanda por tecnologia de gestão entre os vendedores pequenos é enorme. E os pontos críticos para eles são o controle financeiro e o de estoque. Se essas duas partes não caminharem bem, todas as outras ficam comprometidas, dificultando um crescimento sustentável”, afirma Renato. Outro objetivo do ERP é dar ao vendedor mais tempo para atender seus clientes, negociar com novos fornecedores, se planejar mais. “Na ponta, o consumidor final é o grande beneficiado, porque vai contar com uma melhor experiência de compra”, completa.

“Os micros e pequenos empreendedores do Mercado Livre já vêm registrando crescimento médio de 41% ao ano, de acordo com as últimas pesquisas encomendadas pela companhia ao Ibope Conecta. Ou seja, são lojistas extremamente competentes. Esperamos ajudá-los a conquistar percentuais de crescimento ainda maiores”, acrescenta Helisson Lemos, presidente do Mercado Livre no Brasil.

 

Ecossistema de serviços

 

Com este lançamento, o Mercado Livre fortalece o seu portfólio de serviços oferecidos aos vendedores do seu marketplace. Desde o lançamento do Mercado Pago, sistema de pagamentos, em 2004, o varejista vem ampliando essa oferta de serviços para além da plataforma de marketplace. De lá para cá, são ofertados serviços de Classificados, Publicidade, criação de lojas online, logística e, agora, sistemas de gestão.

Essa iniciativa é um dos principais fatores do crescimento da companhia no País – que foi de cerca de 60% nos últimos três trimestres de 2016. “São esses serviços que melhoram constantemente a experiência de comprar e vender no marketplace do Mercado Livre. Vendedores de todos os portes e segmentos têm acesso ao ecossistema e quem ganha com isso, no final, é o consumidor”, conclui Helisson.