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Lojas Americanas está entre gigantes do varejo mundial

Lojas Americanas está entre gigantes do varejo mundial

Ranking das 250 maiores varejistas do mundo da Delloite aponta que apesar de instabilidades, maiores grupos do mundo cresceram 5,2% em 2016

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As 250 maiores empresas varejistas do mundo geraram receitas somadas de US$ 4,31 trilhões no ano fiscal de 2015, representando um crescimento de 5,2% sobre os resultados do ano fiscal anterior, segundo aponta a pesquisa “Global Powers of Retailing 2017: A arte e a ciência dos clientes”, realizada internacionalmente pela Deloitte. A Lojas Americanas é a única brasileira presente no ranking.

 

Entre os anos fiscais de 2010 e 2015, o crescimento anual das receitas dos maiores varejistas do planeta ficou, na média, em 5% a cada 12 meses.

 

Pelo terceiro ano consecutivo, o crescimento da receita dos varejistas das áreas de vestuário e acessórios superou o de outros setores de produtos, dentre as 250 maiores empresas globais. Historicamente, esta categoria de varejistas também foi a mais rentável, e o ano fiscal de 2015 não foi exceção.

 

No entanto, as empresas da área de bens de consumo primários são, de longe, as maiores entre os varejistas (com receita média anual de cerca de US$ 21,6 bilhões, totalizando cerca de dois terços da receita somada entre as 250 maiores companhias), bem como as mais numerosas (133, ou pouco mais da metade de todas as empresas listadas no ranking).

 

O nível de globalização das empresas de varejo indicado pelo estudo segue no mesmo patamar registrado no ano anterior. Cerca de dois terços (66,8%) das 250 maiores empresas varejistas operavam também fora das fronteiras de seu país de origem e, em média, tinham unidades de varejo em mais de 10 países, captando pouco menos que um quarto de suas receitas (22,8%) em operações no exterior.

 

A maior empresa de varejo do mundo segue sendo a norte-americana Wal-Mart Stores, com receitas somadas de US$ 482,13 bilhões no ano fiscal de 2015, crescimento de 2,7% ante o período anterior. Entre as dez maiores companhias listadas no ranking, seis são dos Estados Unidos; duas, da Alemanha; uma, da França; e outra, do Reino Unido.

 

Para fazer parte do ranking das 250 maiores empresas de varejo do mundo, a receita anual exigida da última colocada da lista, a japonesa DCM Holdings Co., Ltd., somou US$ 3,508 bilhões em receitas no ano fiscal de 2015.

 

A arte e a ciência dos clientes

 

O estudo Global Powers of Retailing 2017 também discute a arte e a ciência na participação do cliente para ajudar os varejistas a criar novas experiências, possibilitadas pelas tecnologias adequadas, e destinadas a fortalecer a lealdade do cliente. O que antes era considerado futurista, hoje é esperado como usual.

 

De acordo com o levantamento, os varejistas inovadores sabem que a tecnologia não é mais complementar à experiência de compra, ela é fundamental. A tecnologia, por si só, no entanto, não é suficiente. Os clientes estão buscando produtos e experiências novas e surpreendentes.

 

As cinco principais tendências identificadas no relatório são:

 

Menos é mais. Os clientes estão se reconhecendo individualmente menos por quantas coisas eles próprios possuem e mais por o quão madura está sua história de vida em relação a suas posses e experiências;

 

Economia dos “seguidores”. Os clientes estão buscando experiências e produtos que reflitam a marca pessoal que eles imprimem e disseminam nas mídias sociais;

 

Redefinição do varejo no mundo. O “maker movement” (movimento que celebra o “fazer” aliado à tecnologia, à criatividade e à bricolagem), a economia compartilhada e outros fatores tornaram cada vez mais difícil definir o que um varejista é, e o que ele faz. Varejistas não tradicionais estão desenvolvendo novos modelos de negócios para atender as necessidades dos clientes, tais como serviços de assinatura e vendas-relâmpago.

 

Compras “sob medida” e satisfação. A relevância dos negócios será determinada pela capacidade dos varejistas em atender e satisfazer a mentalidade do cliente moderno, que exige tudo “sob medida”;

 

Modo de vida exponencial. Tecnologias exponenciais, como inteligência artificial, robótica e realidade virtual, estão mudando a forma como vivemos e como iremos fazer compras.

 

“Nos últimos 20 anos, percebemos uma mudança radical no varejo e nos clientes que os varejistas atendem”, diz Vicky Eng, líder da área de Varejo e Consumo da Deloitte Global. “Estamos vivendo uma era em que os clientes estão, mais do que nunca, à frente da direção, no banco do motorista, sedentos por autenticidade, novidade, conveniência e criatividade. Estamos vivendo a economia voltada para o cliente”, conclui.