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Lançamento do Governo Câmara da Saúde 4.0 fomenta uso de IoT no setor

Lançamento do Governo Câmara da Saúde 4.0 fomenta uso de IoT no setor

Apresentada pelo Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, iniciativa faz parte do Plano Nacional de Internet das Coisas e visa fomentar ideias de projetos que possam digitalizar processos na saúde brasileira

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De acordo com as previsões da IDC, o ecossistema de Internet das Coisas (IoT) no Brasil movimentou US$ 8 bilhões em 2019, com potencial de crescimento de 20% ano contra ano até 2022. Globalmente, esse mercado deve passar da marca de US$ 1 trilhão em 2022, alavancado por Manufatura e Consumo.

 

O Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo Ministérios da Saúde e da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) em 2019, vai além desses segmentos, identificando quatro ambientes prioritários onde a IoT tem um grande potencial de uso: Cidades, Saúde, Agronegócio e Indústria.

 

Essa semana, o MCTIC lançou a Câmara da Saúde 4.0, ambiente de discussões entre membros de instituições públicas e privadas para formular ideias de projetos que possam ajudar, no futuro, a saúde brasileira alinhado a estratégia da saúde digital para o Brasil, que já vem sendo construída por meio do Programa Conecte SUS.

 

O anúncio foi feito pelos ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e o ministro do MCTIC, Marcos Pontes, em Brasília (DF), durante assinatura do Acordo de Cooperação Técnica (ACT) para criação da Câmara da Saúde 4.0. Esta é a quarta Câmara de discussões criada pelo Governo Federal, as outras são câmaras da Indústria 4.0, Agro 4.0 e Cidades Inteligentes 4.0.

 

“A tecnologia tem de ser usada para melhorar a vida das pessoas. Internet das Coisas, inteligência artificial e conectividade, tudo isso em conjunto vai nos permitir revolucionar a tecnologia aplicada na área de saúde, tanto em grandes cidades como nas localidades mais distantes”, destacou o ministro Marcos Pontes.

 

A Câmara da Saúde 4.0 será coordenada pelo Ministério da Saúde, em comum acordo com o MCTIC, estimulando a participação de membros das universidades, institutos de ciência e tecnologia, iniciativa privada e demais atores relevantes no cenário da inovação e da saúde, com a participação de estados e municípios.

 

O objetivo é aproximar os membros, identificar e discutir assuntos relevantes, buscar sinergias, alinhar ações, articular e propor iniciativas para a implementação de IoT. O uso desses dispositivos poderá melhorar a efetividade da assistência à saúde por meio do monitoramento contínuo dos pacientes e da adoção de soluções de IoT; aumentar a celeridade e eficácia na vigilância epidemiológica e eventuais riscos à saúde; promover a conectividade visando à integração do Sistema Único de Saúde (SUS).

 

Unidades de saúde integradas

 

Durante a solenidade, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, anunciou que um projeto-piloto de integração de todas as unidades de saúde do país já está em andamento no estado de Alagoas. Depois de concluído, esse projeto deverá ser apresentado e validado pela Câmara de Saúde, que deverá estendê-lo para todo o país. “O Brasil pode ser o primeiro país continental a ter todos os dados de saúde integrados.” As informações serão compartilhadas pelas unidades de saúde de todos os estados e municípios.

 

Nesse sistema integrado das unidades de saúde, explicou o ministro, a tecnologia também será usada para formar um banco de dados da saúde de todos os brasileiros. Inicialmente, o sistema deverá registrar cinco informações básicas de cada paciente: consultas realizadas; internação; medicamentos recebidos; exames realizados e vacinas tomadas.

 

Esse banco de dados deverá ser concluído nos próximos cinco anos e contar com cerca de R$ 4 bilhões a R$ 6 bilhões em investimentos, revelou Mandetta. “Esses dados podem ser usados para pesquisa, construção de soluções, coberturas vacinais e enfrentamento de doenças.” O ministro da Saúde reforçou que a utilização desses dados do paciente pelos profissionais e unidades de saúde será regulada pela Lei Geral de Proteção de Dados.

 

*Com informações da Agência Saúde e MCTIC