Edit Content

Menu

shutterstock_216873700_Sergey-Nivens

Internet das coisas pode movimentar US$ 200 bilhões no Brasil

Internet das coisas pode movimentar US$ 200 bilhões no Brasil

Número foi divulgado essa semana por meio de uma pesquisa liderada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações; objetivo do órgão é emplacar o Plano Nacional de Internet das Coisas, que deverá ser lançado em outubro

Compartilhar:

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on email
Share on whatsapp

Os novos produtos e serviços viabilizados pela internet das coisas, a rede de objetos que se comunicam e interagem de forma autônoma pela web, deve aportar, no mínimo, US$ 5 bilhões na economia brasileira até 2025. Em um cálculo mais otimista da pesquisa liderada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), esse montante pode chegar a US$ 200 bilhões.

 

O estudo intitulado “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil”, liderado pelo MCTIC em parceria com o BNDES, aponta que em todo o mundo, a IoT deve adicionar de US$ 4 trilhões a US$ 11 trilhões à economia e cerca de 40% desse valor serão gerados pelos países emergentes. A pesquisa foi apresentada essa semana durante o Painel Telebrasil 2017, encontro que reúne empresas do setor e também reguladores, além de embasar o Plano Nacional de Internet das Coisas, que deverá ser lançado em outubro.

 

Desafios à frente

 

O plano reunirá 106 iniciativas para o desenvolvimento dessa tecnologia no Brasil. As ações também integram a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital (EBTD), atualmente em discussão no país. O estudo analisou dez ambientes de implantação de IoT, como fábricas, cidades, domicílios, dispositivos vestíveis, varejo, locais de trabalho, veículos e escritórios. A expectativa é de que, no Brasil, a tecnologia venha a ser adotada principalmente na manufatura em ambiente rural, em cidades populosas e nas áreas de saúde e segurança.

 

Nesse novo ecossistema de comunicações, as redes de telecomunicações continuarão fundamentais, por isso tanto o setor público quanto as empresas reconhecem a necessidade de ampliar a conectividade da população. Hoje, 57,8% dos domicílios brasileiros têm acesso à internet, segundo a pesquisa TIC Domicílios 2015, percentual ainda menor quando observados municípios das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, bem como os lares das periferias das grandes cidades. Para que os novos serviços possam ser acessíveis ao conjunto da população, esse abismo deverá ser superado.

 

O governo analisa a situação da demanda, que envolve o impacto econômico, a competitividade das empresas e o impacto socioambiental da tecnologia; a oferta, com destaque para a cadeia produtiva que envolve desde grandes operadoras de telecomunicações a possíveis novos competidores; e o que chama de elementos habilitadores, que consistem em questões ligadas a investimentos, políticas de fomento e também privacidade de dados dos usuários.

 

A conexão de dispositivos envolverá a entrega de dados pessoais dos usuários para as empresas que ofertarem serviços como vigilância de residências e vestuários inteligentes, pois eles envolvem a incorporação de informações em objetos comuns. Por isso, a administração dos dados pessoais preocupa. No Brasil, a situação é agravada pelo fato de ainda não haver uma lei de proteção de dados pessoais.

 

Segundo o secretário do MCTIC, Maximiliano Martinhão, “o documento é muito claro ao dizer que, se não houver a edição de uma lei de proteção de dados no Brasil, permanecerá no país uma insegurança jurídica, diante de uma diversidade de interpretações que se possa ter sobre a proteção de dados, a partir de um conjunto de legislações”, como a Lei de Acesso à Informação e o Marco Civil da Internet, dispositivos que tratam do tema, mas não detalham como ele deve ser regulamentado.

 

Martinhão aponta que essa lei específica deve detalhar qual órgão vai regular a proteção de dados pessoais. Sobre isso, antecipou defender que o órgão seja colegiado, para que os diversos setores participem desse processo.

 

*Com informações da Agência Brasil