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Inteligência Artificial: um novo motor no mundo dos negócios

Inteligência Artificial: um novo motor no mundo dos negócios

Os ganhos financeiros são apenas a consequência de um cenário de mudança na produtividade das organizações. Assistentes inteligentes, ferramentas programadas para executar tarefas simples, como organização de agendas e atendimento ao cliente, são alguns dos exemplos de processos que estão ganhando cada vez mais espaço

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*por Ricardo Recchi 

 

“A Inteligência Artificial é a nova eletricidade”. A frase dita pelo cientista computacional, Dr. Andrew Ng, define exatamente o momento em que vivemos na área da tecnologia. Nos últimos anos, o mundo tem passado por uma revolução tecnológica com o avanço das soluções baseadas em IA e, no setor corporativo, os impactos são ainda mais diretos e visíveis.

 

De acordo com uma pesquisa realizada pela McKinsey em 2023, 55% das empresas entrevistadas implementaram IA em pelo menos uma unidade de negócios, com 42% relatando redução de custos e 59% observando aumento de receita. Esses números são apenas a ponta do iceberg do impacto da inteligência artificial no mercado.

 

Os ganhos financeiros são apenas a consequência de um cenário de mudança na produtividade das organizações. Assistentes inteligentes, ferramentas programadas para executar tarefas simples, como organização de agendas e atendimento ao cliente, são alguns dos exemplos de processos que estão ganhando cada vez mais espaço e que se somam aos movimentos promovidos pelos agentes de IA, esses capazes de operar processos complexos, como analisar dados de mercado e traçar estratégias de investimento de forma automatizada, reduzindo significativamente a necessidade de intervenção humana.

 

Segundo análises do Gartner para 2025, agentes e assistentes de IA terão um papel fundamental na aceleração do aprendizado dentro das empresas, com previsão de que até 2028, pelo menos 15% das decisões rotineiras serão realizadas de forma autônoma por esses agentes, um salto significativo considerando os quase 0% em 2024.

 

Mas, como em todas as revoluções, a introdução de novas tecnologias também apresenta desafios significativos para as empresas. No caso da IA, um dos principais entraves são os altos custos associados a provedores e plataformas. Tomemos como exemplo o ChatGPT, que cobra uma assinatura de 20 dólares mensais por usuário. Para uma empresa com mil funcionários, esse valor pode representar um gasto significativo, que exige planejamento cuidadoso.

 

Somado ao custo, uma ferramenta de mercado também traz outra reflexão, que é a segurança de dados, uma preocupação crescente. Dados fornecidos às plataformas de IA são utilizados para treinar modelos, e há sempre o risco de que informações sensíveis possam ser compartilhadas sem o consentimento explícito dos usuários. Um outro desafio é a dependência de fornecedores de IA, que pode criar um cenário de “engessamento” tecnológico, cujas empresas ficam presas a plataformas que impõem custos elevados caso se queira migrar para outra opção, restringindo a flexibilidade e a competitividade.

 

Para superar esses desafios, as empresas precisam adotar uma abordagem estratégica. O primeiro passo é selecionar um provedor que ofereça flexibilidade, permitindo que projetos evoluam sem custos excessivos ou interrupções nas operações, garantindo que as aplicações possam evoluir conforme necessário.

 

Além disso, a implementação deve ocorrer em um ambiente interno seguro, no qual os dados permaneçam protegidos e não sejam usados para treinar modelos externos, mantendo a conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais). Isso reforça a segurança das informações sensíveis da empresa e protege os dados dos usuários.

 

Outro ponto essencial é o monitoramento contínuo dos custos e a integração eficiente da IA com os colaboradores humanos. Ao contrário do que muitos podem imaginar, a IA não deve substituir totalmente os trabalhadores, mas sim potencializá-los. O trabalho colaborativo entre humanos e agentes de IA permite que a supervisão humana ajuste as decisões automatizadas, garantindo maior precisão e eficiência no processo de negócios.

 

Seguindo essas estratégias, a IA pode desbloquear um enorme potencial para as empresas, como a criação de experiências personalizadas e humanizadas, oferecendo interações aprimoradas, desde chatbots mais inteligentes até recomendações avançadas em plataformas digitais. Ela também abre caminho para impulsionar a inovação ao transformar processos existentes e viabilizar a criação de soluções disruptivas, revolucionando como os negócios são conduzidos.

 

Mas, para maximizar esses benefícios, é essencial que as companhias construam uma base sólida para uso da tecnologia. Ao utilizar IA para analisar e atualizar códigos de programação, ela ajuda a remover sistemas legados que já não são mais eficientes, ao mesmo tempo que introduz tecnologias mais modernas, tornando a empresa mais preparada para um futuro digital, mais forte e eficaz, com processos mais eficientes e atualizados. Todo esse movimento facilita a transição para um ambiente mais tecnológico e competitivo.

 

Como a eletricidade foi para as gerações anteriores, a Inteligência Artificial é, sem dúvida, o combustível que impulsiona a próxima revolução nos negócios. A chave para o sucesso estará em como as empresas conseguem adaptar-se a essa tecnologia de forma estratégica, consciente e eficiente.

 

*Ricardo Recchi é country manager Brasil, Portugal e Cabo Verde da Genexus by Globant

 

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