Segundo um levantamento da IDC, estima-se que o mercado de Inteligência Artificial deva alcançar mais de US $ 47 bilhões até 2020. Será que as empresas e as pessoas estão preparadas para as novas profissões que estão surgindo com o crescimento desse segmento?
O Brasil e as companhias precisam se movimentar para permitir a criação de novos cursos, novas profissões que se adequem ao novo cenário que começamos a vivenciar. Um estudo da McKinsey, “Where machines could replace humans — and where they can’t (yet)”, mostra que a maioria das profissões será comprometida, com o uso da robotização e que 800 milhões de pessoas perderão seus empregos para a automatização até 2030. As pesquisas também revelam que mais de 50% dos trabalhadores dos EUA e 4/5 dos trabalhadores no mundo inteiro manterão suas profissões e não precisam se sentir ameaçados com os avanços da Inteligência Artificial.
Já o estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) revela que robôs e computadores devem eliminar ou mudar cinco em cada dez empregos. Como em toda revolução, as novidades geram incertezas sobre o futuro, ainda mais agora, em que tudo acontece muito mais rápido. Uma tecnologia pode se tornar obsoleta em seis meses, dependendo da área.
Mas como um otimista convicto, acredito que os robôs chegaram para facilitar ainda mais as nossas atividades. Precisamos nos reinventar e criar oportunidades que estão surgindo para desenhar um novo futuro. Por mais que a robotização seja algo inevitável, nenhum robô pode substituir a gentileza de um ser humano. Tanto que as empresas continuam em busca de talentos mais criativos, resilientes e que adoram desafios. Profissionais que estejam alinhados com o conceito de growth mindset, ou seja, que desejam aprender cada vez mais para inovar e se transformar.
Atualmente, o mercado já oferece diversas soluções de Inteligência Artificial, que podem estar associadas a outras tecnologias como Machine Learning, análise preditiva, automação de processos, reconhecimento de voz, facial e biometria. Essas soluções e muitas outras permitem que as empresas tenham grandes insights, mais eficiência operacional e automação nos processos dentro das companhias, gerando experiências únicas para os seus clientes.
Os robôs ajudam a sermos mais rápidos e produtivos, mas sempre dependerão da inteligência e da sensibilidade dos humanos para se tornarem cada vez mais eficientes. O futuro nos mostrará como os robôs poderão se tornar muito mais parceiros do que inimigos.
* Alexandre Winetzki é diretor de P&D da Stefanini