Tecnologia coleta dados clínicos de hemogramas e exames de urina e os cruza com sinais vitais, como pressão arterial, temperatura, batimentos cardíacos e saturação de oxigênio
A tomada de decisão rápida e precisa por parte dos profissionais de saúde que atuam nas Unidades de Terapias Intensivas pode influenciar diretamente na recuperação de pacientes internados. Para auxiliar a comunidade médica, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação industrial (EMBRAPII) contribuiu com o desenvolvimento de uma ferramenta que utiliza Inteligência Artificial (IA) para antever complicações e indicar caminhos mais seguros no cuidado com o paciente. A tecnologia está sendo implantada na Santa Casa de Belo Horizonte.
Desenvolvida pela startup deeptech Kunumi e a Unidade EMBRAPII – DCC/UFMG, a tecnologia coleta dados clínicos de hemogramas e exames de urina, por exemplo, e os cruza com sinais vitais, como pressão arterial, temperatura, batimentos cardíacos e saturação de oxigênio. As informações são analisadas com o apoio da IA e amparam o diagnóstico, permitindo sugerir intervenções para melhoria do estado de saúde do paciente.
Isso ocorre porque a solução tecnológica traz o conhecimento exato de como o corpo humano tende a se comportar de acordo com quadro clínico apresentado, os protocolos médicos indicados para cada situação e, principalmente, os fatores que levam a óbito e os que indicam maior chance para sobreviver.
A informação clínica potencializa o algoritmo e o aprendizado de máquina. Para os casos de pacientes com Covid-19, em que a saturação do pulmão, gaseificação e oxigenação podem mudar em instantes, a solução tecnológica se apresenta como uma importante ferramenta no tratamento intensivo.
O uso de tecnologias que englobam Inteligência Artificial em aplicações na área da saúde e em ambiente hospitalar, traz mais assertividade e precisão aos diagnósticos e ao tratamento médico, permitindo também o desenvolvimento de uma medicina personalizada e uma antecipação de eventuais problemas com o uso de técnicas preditivas baseadas em sistemas de aprendizado de máquina combinado com sistemas de mineração de dados.
“No último ano, a EMBRAPII triplicou o desenvolvimento de soluções inovadoras na área de saúde, muitas delas envolvendo o enfrentamento à pandemia de Covid-19”, destaca o diretor de Operações, Carlos Eduardo Pereira.