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Infratructure as a Service será foco da indústria de TI na América Latina nesta década

Infratructure as a Service será foco da indústria de TI na América Latina nesta década

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A análise da IDC considerou os próximos anos que virão além de 2023, em que se prevê um crescimento de 35% do mercado “as a Service” na região. A pesquisa alertou ainda  para um começo desafiador desse cenário, que exigirá reordenamento de pessoas e processos

As IaaS (Infrastructure as a Service) serão a grande tendência de movimentação da indústria de TI na região Latino-americana nesta próxima década. É isso que informaram executivos da IDC em sua lista de antevisões para o mercado global e regional nos anos a partir de 2023, durante apresentação de webinar nessa terça-feira (06).

Segundo o estudo, mesmo considerando dois cenários possíveis – um de crescimento e outro de recessão – os gastos com o setor de TI continuariam altos entre as empresas, especialmente em relação às Infrastucture as a Service, que atingirão a marca de 35% mesmo em um ambiente recessivo. Assim, as previsões listadas pela IDC envolveram a progressão desse mercado nos anos subsequentes ao que se iniciará em poucos meses.

Durante a apresentação da IDC FutureScape Worldwide IT Industry 2023 Predictions: Latin America Implications, foram levantadas questões também de caráter econômico da região americana, que justificam esse encaminhamento do setor de Tecnologia da Informação.

O Vice-presidente de Estratégia e Consultoria da IDC para América Latina, Alejandro Floreán, ressaltou que uma realidade de mercado desvinculada ao crescimento econômico da região tem permitido ao setor de TI a fazer planos importantes de desenvolvimento de suas organizações.

“Na realidade, faz algum tempo que o crescimento dos gastos das empresas em TI se desvinculou do avanço do PIB dos países latino-americanos. E a tendência é que essa separação se torne cada vez mais marcante. Quando olhamos para as chamadas tecnologias emergentes ou Digitais, calculamos um crescimento de 69% para 2023, portanto crescendo 32 vezes mais que os valores de economia da América Latina. Isso abre uma grande expectativa para que conceitos como Digital-First, ou qualquer outra ideia que envolva a mudança de empresas e indústrias para um ambiente digital ao longo do tempo” disse Florián.

A análise dos dados macroeconômicos que pautaram as previsões considerou três vetores importantes para os desdobramentos do PIB latino-americano como um todo: “Obviamente que, como primeiro fator, uma recessão da economia norte-americana geraria efeitos negativos à América Latina. O segundo fator seria a extensão da Guerra da Ucrânia, e o terceiro envolve a definição de políticas internas em cada um dos países latino-americanos. Mas mesmo nesses cenários recessivos, teríamos um crescimento consideravelmente positivo em mercados relacionados à TI empresarial, com destaque para a IaaS e SaaS”, explicou o executivo.

A IaaS no futuro

Os speakers também apontaram orientações específicas para compradores de tecnologia em cada uma das dez previsões feitas para o mercado de TI nos próximos anos. De uma forma geral, as leituras para o cenário global e regional possuem similaridades, embora as questões de natureza interna causem algum impacto.

A IDC também ressaltou que as previsões feitas para o mercado de Tecnologias Emergentes chegarão com atraso na América Latina, apesar do crescimento notável do mercado da região.

Para o ano de 2026 na América Latina, os pesquisadores consideram que a 70% das empresas não conseguirão atingir seu potencial todo de investimento para tecnologias de nuvem, automação e dados devido ao gap de skills e profissionais que se formou no setor.

Além disso, grande parte dessas empresas (40%) adotarão os produtos “aaS” não por preocupação com custos, mas pela impossibilidade de alcançar promessas de rápidos ganhos de inovação e operação.

Esse ambiente desafiador, todavia, tem a função de incentivar as companhias a se abrirem à novas oportunidades que o mercado de “aaS” terá para oferecer. Segundo os executivos, em torno de 2028, cerca de 35% dos orçamentos de TI das 5 mil maiores empresas latino-americanas serão usados para conectividade, segurança, computação e recursos de dados para oferta dos seus próprios processos as a Service.

Com isso, será a característica principal das empresas de mais rápido crescimento a habilidade de aplicar a visão de máquina em qualquer novo processo ou produto. “A recomendação que vemos para esse cenário futuro envolve priorizar as práticas de governança, impulsionadas essencialmente por uma gestão eficiente de todos os entornos da organização, atuais e futuros. Isso envolve trabalhar para fortalecer as relações entre grupos de tecnologia e de negócio, a fim de habilitar esses tipos de plataformas as a Service em prol de uma agilidade de negócio e responder as demandas de mercado que estão sendo feitas nos anos seguintes”, concluiu Alejandro Florián.