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IA pode acelerar a transição energética, diz estudo

IA pode acelerar a transição energética, diz estudo

Novo estudo explora como a IA pode transformar o sistema energético diante de desafios climáticos e geopolíticos

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A Shell apresentou  o novo estudo Cenários de Segurança Energética 2025: Energia e Inteligência Artificial. A publicação revela que a inteligência artificial tende a se tornar uma força central na transição energética global, atuando como base estrutural dos sistemas energéticos já a partir da década de 2030. Segundo o relatório, a adoção ampla da IA reconfigura a forma como energia é produzida, gerida e consumida, viabilizando soluções mais limpas, inteligentes e acessíveis.

 

De acordo com o estudo, tecnologias modulares otimizadas por IA estão substituindo projetos energéticos convencionais. Itens como painéis solares, baterias, eletrolisadores de hidrogênio, bombas de calor e unidades de captura direta de carbono (DAC) passam a ser fabricados em linha de montagem, com custos reduzidos e ampla escalabilidade. A eletrificação das economias ganha ritmo, com redes mais descentralizadas, maior uso de baterias integradas a veículos e sistemas elétricos locais operados por algoritmos.

 

Em paralelo,  pesquisadores explicam que cresce o protagonismo de empresas de tecnologia, que entram no mercado como produtoras e consumidoras de energia renovável. No cenário Surge,  um dos três explorados pelo estudo, o uso da DAC atinge 1 gigatonelada de CO₂ removido por ano em 2054, e o mundo chega a emissões líquidas zero em 2080, limitando o aquecimento global a 2°C até o fim do século.

 

Durante o evento, o conselheiro-chefe para Mudanças Climáticas da Shell, David Hone, destacou que a inteligência artificial pode se tornar uma força propulsora para a reconfiguração de todo o sistema energético e ainda como o Brasil lidera o movimento global rumo a uma sociedade baixo carbono. “A IA tem o potencial de acelerar não apenas a inovação tecnológica, mas também a tomada de decisão e a gestão em larga escala de sistemas complexos como o de energia. O Brasil aparece no centro desse movimento e, por ter uma matriz energética majoritariamente renovável e diversificada, pode liderar o mundo rumo à transição energética. Em 2055, o país já terá atingido emissões zero e estará em outro momento, removendo CO2 da atmosfera. O estudo oferece caminhos para refletir sobre como conciliar crescimento econômico, ação climática e segurança energética em um mundo cada vez mais pressionado por mudanças simultâneas”, afirmou Hone.

 

A análise mostra que, independentemente do cenário, há sinais consistentes de transição energética em curso. A eletrificação ganha espaço, especialmente com a expansão dos veículos elétricos e da digitalização das redes. A energia solar, impulsionada por avanços na produção modular e gestão inteligente, tende a dominar a matriz global em geração renovável. Tecnologias de remoção de carbono, como a captura direta do ar, também ganham relevância para mitigar emissões residuais. Nos cenários mais otimistas, o uso de combustíveis fósseis entra em declínio antes de 2035, e o sistema energético passa a ser progressivamente liderado por soluções mais limpas, conectadas e descentralizadas.

 

Embora o uso de petróleo e gás natural deva cair ao longo das próximas décadas, os cenários da Shell indicam que essas fontes continuarão sendo essenciais durante a transição energética. A crescente demanda por energia e a necessidade de segurança energética reforçam seu papel, especialmente em setores difíceis de eletrificar, como aviação, transporte marítimo e indústria petroquímica. Mesmo nos cenários mais ambiciosos de descarbonização, os combustíveis fósseis ainda têm participação relevante até meados do século, destacando que a transição será gradual e exigirá múltiplas soluções simultâneas.

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