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HPE reposiciona estratégia e anuncia novo presidente no Brasil

HPE reposiciona estratégia e anuncia novo presidente no Brasil

Com a venda de ativos de software para a Micro Focus, Hewlett Packard Enterprise está mais focada em hardware, TI híbrida e serviços de tecnologia, espera crescer acima do mercado de TI no País e anuncia Ricardo Brognoli para o comando local

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Nos últimos dois anos, os movimentos da Hewlett Packard mostravam que a empresa estava passando por grandes e intensas transformações. Em novembro de 2015, uma das mais tradicionais empresas de tecnologia se dividiu em duas companhias 100% autônomas: a HPE, focada no segmento de enterprise com áreas de EG (infraestrutura), ES (enterprise services), Softwares e HPEFS (serviços financeiros); e a HP Inc para área de impressoras e PCs.

Em setembro de 2016, a HPE vendeu sua divisão de software para a Micro Focus por US$ 8,8 bilhões. O argumento era que esse movimento deixaria a HPE focada em rede, armazenamento, infraestrutura e serviços de TI. Atualmente, a jornada está sendo percorrida e a expectativa é que em setembro de 2017 a HPE tenha apenas uma pequena parcela de softwares no segmento de cloud e TI híbrida.

E uma terceira empresa foi lançada ontem, 3, a DXC Technology, resultada da fusão da CSC com a área de Enterprise Services da HPE. A empresa também tem atuação independente para o mercado de serviços de TI e passa a ser negociada na Bolsa de Valores de Nova York sob o símbolo DXC.

“Essas mudanças não foram feitas da noite para dia. Há dois anos nossa CEO, Meg Whitman, vem redesenhando a estrutura da empresa a fim de atuarmos diante desse novo cenário de transformação digital e disrupção da tecnologia. Com certeza nosso maior desafio agora é reposicionar a marca junto aos clientes e parceiros, mostrar que estamos focando nosso portfólio em TI híbrida, hiperconvergência e Serviços de TI”, aponta Ricardo Brognoli, presidente da HPE Brasil.

O executivo acaba de assumir o comando da HPE no Brasil e Luciano Corsini é o presidente da DXC no País. Claudio Raupp é o CEO local da HP Inc. “Estou há 17 anos na Hewlett Packard, passei por diversas áreas e hoje assumo a presidência. Em todos esses aos, nunca vi uma transformação tão forte na TI e isso impacta, inclusive, no nosso negócio e na forma como trabalhamos. Todos os fornecedores de tecnologia estão vivendo essa grande mudança no setor”, acrescenta.

Esse movimento de divisão da HPE vai na contramão da estratégia de outras empresas do setor, como é o caso da Dell Technologies e IBM, e a missão de Brognoli é justamente mostrar o valor da HPE para os clientes e se posicionar no mercado frente às concorrentes. “Não posso dizer o que é certo ou errado, o tempo e o mercado dirão para nós se essa estratégia foi correta”, pontua o presidente.

Portfólio

Para ser uma das líderes do mercado na transformação digital, o hardware segue como carro-chefe da HPE. Além disso, o foco estratégico está concentrado em um portfólio que contempla serviços de TI, área que foi rebatizada para HPE Pointnext; TI híbrida; infraestrutura; e intelligence edge, trazendo para o data center uma informação mais estruturada.

Os parceiros seguem como pilar importante nessa nova HPE para entender as demandas dos clientes e leva-los para um mundo de tecnologia híbrida. Hoje, 75% das vendas da HPE Brasil são através de canais, os outros 25% são concentrados em grandes corporações ou contratos globais.

Telecomunicações e Finanças são as verticais de negócio mais estratégicas para a HPE. De acordo com o executivo, Governo deve retomar os investimentos em tecnologia após os últimos meses em recessão devido ao cenário político conturbado. Varejo e Saúde também são áreas importantes, pois estão revisitando toda infraestrutura diante da disruptura nos negócios.

Para 2017, a expectativa de crescimento da HPE Brasil é tímida, segundo Brognoli. “Mas vamos crescer acima do mercado de TI no País. Temos conseguido honrar nossas projeções nos últimos anos e esperamos encerrar 2017 bem posicionados. Claro que o cenário político e econômico precisa melhorar, mas quando olhamos a demanda da transformação digital, certamente teremos bons trabalhos que impulsionarão nossas receitas”, conclui.