O Hcor divulga estratégia de desenvolvimento de uma plataforma própria de análise preditiva que utiliza inteligência artificial para monitorar a saúde integral de atletas. Segundo a instituição, a solução, que começa a ser aplicada no São Paulo FC, primeiro clube a adotar o modelo, integra dados clínicos, funcionais, ortopédicos e cardiovasculares para identificar padrões de risco, antecipar lesões e orientar decisões mais seguras e precisas ao longo da temporada.
O avanço dessa estratégia não se limita ao futebol de elite. O Hcor vem estruturando um modelo escalável para clubes esportivos tradicionais de São Paulo – como Pinheiros, Sírio, Círculo Militar e outras associações, onde já realiza gestão ambulatorial –, apoiando tanto atletas de alto rendimento quanto praticantes amadores que buscam programas seguros de saúde e performance.
“Hoje, muitas das etapas de acompanhamento dos atletas ainda dependem de processos manuais, o que limita a capacidade de personalizar condutas e ter tomadas de decisão em tempo real. Nossa proposta é transformar essa jornada por meio da criação de um data lake que servirá de base para uma inteligência artificial preditiva que auxilie em ajustes finos de carga, acompanhamento nutricional, prevenção mais precisa de lesões e decisões clínicas e técnicas mais assertivas”, explica Alex Vieira, superintendente de Inteligência Digital do Hcor.
Segundo Bruno Pires, Head Comercial da Consultoria e Gestão do Hcor, essa abordagem nasce de uma leitura clara de mercado: existe um grande espaço para soluções que combinem tecnologia robusta, expertise hospitalar e protocolos de prevenção baseados em evidências. “Quando deixamos de trabalhar apenas com um portfólio fixo e passamos a construir soluções sob medida para as dores reais de cada instituição, conseguimos inovar, ser disruptivos e entregar valor estratégico. Esse projeto é fruto direto dessa visão”, reforça.
A ação começou com 20 atletas do time feminino do São Paulo FC passando por ecocardiogramas conduzidos por uma equipe especializada em cardiologia esportiva. No caso do clube, o ecocardiograma cumpre função central ao oferecer dados confiáveis sobre a saúde cardiovascular das atletas – informações decisivas para que a plataforma de IA possa gerar análises individualizadas e recomendações precisas.
As avaliações são fundamentais, especialmente no futebol feminino, onde barreiras históricas reduziram o acesso a exames mais complexos. Entre os benefícios do ecocardiograma estão a capacidade de identificar precocemente cardiomiopatias, valvopatias, malformações congênitas, adaptações exageradas do “coração de atleta” e alterações associadas a risco de arritmias.
“Dados precisos são o alicerce de qualquer decisão. Eles nos mostram o que é uma adaptação fisiológica e o que exige intervenção. Ao integrar isso a uma plataforma inteligente, ampliamos segurança, prevenção e performance”, afirma o Dr. Jairo Pinheiro, cardiologista do Hcor.
