“Há anos eu falo que o dado é o centro de tudo nas empresas. Agora, finalmente, as organizações estão acreditando em mim”, destaca Donald Feinberg, VP de Pesquisas e Analista Emérito do Gartner, durante uma coletiva de imprensa realizada hoje, 25, em São Paulo. O executivo diz que as organizações devem usar os dados e as ferramentas analíticas para explorar melhor os momentos digitais dos negócios.
E essa jornada é de responsabilidade do CIO, porém, ele não está sozinho. “Nunca a TI precisou tanto das áreas de negócio para juntos fazer a inovação acontecer dentro das empresas”, acrescenta o VP. A grande questão e ponto de desafio é a forma de juntar os dados para que eles sejam analisados e auxiliem nas tomadas de decisão.
Além, claro, da melhor escolha por determinadas tecnologias focadas em Data & Analytics. “Somos iguais crianças, queremos comprar novas ferramentas, testar e brincar com elas, ver como elas funcionam. Isso é divertido. Mas antes disso, vem a parte mais burocrática, que é desenhar a estratégia para o digital”, pontua Feinberg.
Diante desse cenário, o Gartner recomenda duas formas de explorar os momentos do negócio com o uso do Data & Analytics. Gestão de decisão e infraestrutura de gerenciamento flexível de dados. A primeira deve ser tratada como uma disciplina, em que ajuda na projeção e construção de sistemas que tomem decisões estruturadas.
“No entanto, a maioria das empresas ainda tem experiência limitada. Os analistas de negócio devem aprender onde usar essa disciplina e entender quando automatizar a tomada de decisão”, completa o executivo.
O segundo ponto é modernizar a estratégia de gestão de dados, uma vez que eles estão espalhados em todo lugar e as demandas de acesso também. Segundo o Gartner, os líderes de Data & Analytics precisam equilibrar a coleta e conexões de dados para auxiliar a produção ou usos fundamentais para experimentação com informações.
“Eles precisarão otimizar os custos e apoiar a inovação. Isso exigirá uma moderna estratégia de gestão de dados que lhes permita navegar entre práticas tradicionais e emergentes, abordagens de inovação e propaganda exagerada dos fornecedores”, conclui o executivo.