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Estudo revela que 184 milhões de contas digitais serão abertas em 2022 no Brasil 

Estudo revela que 184 milhões de contas digitais serão abertas em 2022 no Brasil 

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O número representa um aumento de 15% em comparação com 2021, totalizando 480 milhões contas abertas desde 2016 


A idwall divulgou o Estudo Comparativo de Bancos 2022, que traz o cenário atual dos bancos digitais brasileiros, perfil dos usuários, impacto da experiência de cadastro e analisa os processos de onboarding dos principais players do mercado. 


O estudo, apresentado durante o evento Febraban Tech, afirma que até o final de 2022, o Brasil terá 4,5 contas digitais abertas para cada pessoa economicamente ativa. Segundo estimativa da idwall, 184 milhões de contas digitais serão abertas até o fim do ano, aumento de 15% em comparação a 2021, que totalizam 480 milhões, desde 2016. 


“A expectativa é que o segmento continue em crescimento, mas em menor ritmo. Em 2021, ao menos 160 milhões de contas foram abertas, superando o valor registrado em todos os anos somados, desde o lançamento da modalidade, em 2016”, afirma Felipe Penido, Head de Inteligência de Mercado da idwall. “A diversificação das opções de conta digital oferecidas pelo mercado financeiro atualmente exerce forte influência no cenário. O que antes era território dominado por bancos tradicionais, hoje dá lugar a carteiras e bancos digitais, além de contas de investimento e opções em criptomoedas”, explica o executivo.


As tendências no mercado brasileiro também são apresentadas no estudo, como o aumento de pessoas com acesso ao sistema bancário, crescimento acelerado de novos players no mercado financeiro, além de mais investimentos em experiência, segurança, expansão de produtos e novos segmentos. 


Um destaque mais recente é sobre a onda de customização, com a alta do número de instituições que oferecem marketplaces nos aplicativos bancários, para se tornar one-stop-shops (tendência por busca de “superapps”). A maior oferta de conveniência para os clientes segue a estratégia das telecoms e dos marketplaces, que aderem ao Banking as a Service como forma de agregar ainda mais valor aos consumidores. 


A idwall também avaliou a crescente entrada de fintechs internacionais no mercado brasileiro, além da internacionalização das empresas nascidas no país. “Em parte, o fato vem a partir do amadurecimento do sistema financeiro nacional, que permite a internacionalização com mais robustez estrutural, além de atrair empresas que buscam as ótimas oportunidades que o Brasil oferece,” comenta Penido. 


Segurança digital 


Com maior presença de consumidores online e de métodos mais rápidos de acesso a serviços financeiros, os ataques digitais devem aumentar. O cenário, que já traz preocupações, será agravado com o sistema Open Finance, que pode aumentar o custo médio das fraudes e dificultar o rastreamento e a exclusão. 


O impacto pode ser ainda maior sem a adoção de medidas que garantam a segurança dos usuários, principalmente ao verificar que a maioria das tentativas de fraude são barradas por meio da análise e comparação documental. O processo de cadastro que utiliza apenas os métodos de validação biométrica associadas a um CPF pode ser arriscado, uma vez que quase 700 milhões de documentos foram vazados em 2021, com perdas de mais de R$25 bilhões ao Brasil. 


“Quase metade das fraudes poderiam ser evitadas com o processo de validação documental. As instituições financeiras que utilizam o modelo simplificado de biometria facial e CPF oferecem risco para o próprio sistema, para os usuários e clientes, e para as empresas ligadas a ela pelo sistema Open Finance”, complementa Penido. 


O Estudo Comparativo de Bancos 2022 inclui ainda análise comparativa do processo de cadastro dos principais players do mercado bancário brasileiro. A avaliação considerou o tempo de cadastro, de aprovação, número de telas obrigatórias para a conclusão e a quantidade de ações na interface. 


Em comparação com 2021, a pesquisa mostra redução em todos os indicadores, com destaque para o número de dados solicitados e o tempo de aprovação. “Isso é uma consequência direta do aumento de instituições de pagamento e daquelas com processo faseado, que solicitam menos informações na parte inicial do cadastro, analisadas em mais fontes de consulta. A constante evolução representa o mercado financeiro nacional muito mais competitivo e segue a tendência de continuar a melhorar a experiência das pessoas com o ambiente virutal”, observa Felipe Penido.