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Entrevista com Rodrigo Silva, CIO da Nitro

Entrevista com Rodrigo Silva, CIO da Nitro

O jogo de palavras do título que escolhi para esta “Bastidores da TI” resume, de certa forma, a história de Rodrigo Silva, CIO da Nitro, que aos 11 anos começou a trabalhar em uma escola de datilografia que com o tempo migrou para curso de digitação, onde continuou dando aula, e hoje comanda a TI desta empresa brasileira produtora de nitrocelulose e insumos para o agro com escritórios no Brasil, Uruguai e nos Estados Unidos onde ele popularizou o uso de IA generativa entre todos os departamentos. Conheça esta e outras história de Rodrigo nesta edição. Boa leitura!

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Plantando o futuro

Um curso de datilografia feito aos 11 anos de idade, já com a intenção de progredir na vida, seguido de monitoria na própria escola que anos depois se transformaria em um curso de digitação, onde também deu aula, foi o impulso inicial da carreira de Rodrigo Silva, CIO da Nitro, empresa brasileira produtora de nitrocelulose e insumos para o agro com escritórios no Brasil, Uruguai e Estados Unidos.

Rodrigo, nascido em Diadema foi morar em Indaiatuba, cidade vizinha à Campinas, no estado de São Paulo, e durante o colégio técnico conseguiu um estágio onde começou a trabalhar como programador, o que o levou à Faculdade de Engenharia da Computação na Unicamp. Passou por um processo seletivo na SAP onde iniciou como consultor de sistemas e chegou a gerente de projeto, tendo como clientes o laboratório Aché e a Amil, empresas onde viria a trabalhar mais tarde, mudando para o lado cliente.

No Aché foi convidado pelo CIO na época, com quem havia trabalhado quando estava na SAP, para atuar como gerente de governança. Rodrigo conta que se apaixonou pelo ritmo da indústria farmacêutica. Por seu conhecimento do sistema da SAP foi chamado pela Amil para assumir a gerência de TI. Ele diz que seu principal desafio foi a sustentação e evolução do sistema de gestão pós implantação e, além da operadora, seu trabalho incluía da TI dos hospitais pertencentes à Amil e de uma empresa de dados do grupo.

Em plena pandemia, na própria semana em que o lockdown foi decretado, Rodrigo assumiu como CIO da TotalEnergies, empresa francesa que atua na produção e exploração de óleo e gás, energias renováveis, lubrificantes, produtos químicos e na distribuição de combustíveis e que em seu período à frente da TI adquiriu nada menos do que 400 postos de venda de combustível no Brasil. Além da absorção dos novos postos, a TI abrangia também a fábrica de lubrificantes do grupo e o gerenciamento do sistema das lojas que funcionavam dentro dos postos. Com a venda do segmento de distribuição de combustível, Rodrigo mudou-se para o Rio de Janeiro onde assumiu a TI da Silimed, fabricante de implantes cirúrgicos de silicone.

Nesta volta à indústria farmacêutica, ele diz que viveu mais um de seus grandes desafios que foi a implantação do SAP nas filiais desta multinacional brasileira pelo mundo. A empresa, que já detinha 54% do mercado nacional, buscou o crescimento por meio de novos mercados, ampliando sua atuação em países como Dinamarca, Bélgica, Espanha, Itália e Colômbia, inicialmente. Rodrigo conta que no ano de 2023 passou apenas 18 dias no Brasil por conta de sua missão.

Estava querendo ficar mais em terra, próximo da família, quando veio o convite da Nitro, indústria de especialidades químicas e de insumos para o agronegócio com faturamento de cerca de R$ 2 bilhões, onde começou uma efetiva transformação digital a partir da revisão de todos os processos e dos mais de 70 sistemas em funcionamento. Neste ponto o percurso de Rodrigo é curioso porque enquanto esta revisão acontece e juntamente com a montagem de times de desenvolvimento e digitalização de processos ele vem investindo, paralelamente, em inteligência artificial de uma maneira diferente: “democratizando a IA e dando mais autonomia ao usuário para que ele também crie usando inteligência artificial”, explica.

Um dos primeiros movimentos neste sentido foi a criação da Nina, uma assistente digital desenvolvida dentro do Teams com IA generativa que ajuda os colaboradores com informações administrativas de seu interesse, do tipo como pedir reembolso, marcar viagens, entre outros. Rodrigo conta que o trabalho de comunicação em cima da Nina foi tão forte que hoje tudo que é proposto envolvendo IA os colaboradores atribuem à Nina.

E para que o uso de IA ganhe cada vez mais adeptos, mas de maneira ordenada, a TI está treinando todos, isso mesmo, todos os funcionários da empresa em inteligência artificial. Do total de 1,9 mil que compõem o quadro da Nitro, mais de 500 já foram treinados. “E a adesão é impressionante”, diz, esclarecendo que as ferramentas são todas validadas previamente. “Desta forma, crio parceria com as áreas de negócio”, afirma. Ele menciona o uso na área comercial, onde estão aprendendo a apresentar os produtos de forma mais atraente, criando áudios e vídeos e utilizando uma linguagem mais simples, menos técnica. No caso do Centro de Serviços Compartilhados, depois do treinamento a própria equipe desenvolveu um robô para a seleção e classificação de notas fiscais.

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