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Empresas brasileiras investem 9,4% da receita em Tecnologia, diz FGV

Empresas brasileiras investem 9,4% da receita em Tecnologia, diz FGV

De acordo com a 34ª Pesquisa Anual da Fundação Getúlio Vargas, o setor bancário lidera o crescimento, com previsão de atingir R$ 56 bilhões em gastos e investimentos em TI até 2026

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Em um movimento que reflete a transformação digital e a busca por competitividade, as empresas brasileiras destinaram 9,4% de suas receitas para gastos e investimentos em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) no período de 2023/2024. De acordo com a 34ª Pesquisa Anual da Fundação Getúlio Vargas (FGV), apresentada hoje (26), este aumento significativo, puxado principalmente pelo setor bancário, destaca a urgência e a relevância da modernização tecnológica no cenário empresarial nacional.

 

O setor bancário, em particular, tem sido um grande propulsor desse crescimento. A pesquisa aponta que gastos e investimento em TI devem atingir cerca de R$ 56 bilhões em 2025/26. Com a digitalização de serviços, como mobile banking e soluções de pagamento eletrônico, bancos e fintechs estão na vanguarda, adotando tecnologias avançadas para melhorar a experiência do cliente e aumentar a eficiência operacional.

 

Segundo o levantamento, essa tendência não se limita apenas ao setor financeiro. Diversos segmentos da economia, impulsionados pela pandemia e pela necessidade de operações remotas, têm aumentado seus investimentos em tecnologia. A pesquisa revelou que, mesmo com o crescimento observado, o Brasil ainda possui um grande espaço para avançar até atingir níveis comparáveis aos de países mais desenvolvidos.

 

Estima-se que o percentual de investimentos em TIC possa alcançar 11% nos próximos dois a três anos, à medida que as empresas continuam a investir em inovação e modernização. Com o avanço da transformação digital, se refletiu no aumento de investimentos em software de gestão, segurança cibernética e soluções de Inteligência Artificial. De acordo com o levantamento da FGV sobre IA, ChatGPT, da OpenAI, o Google Gemini e o Microsoft Copilot apareceram como as aplicações mais utilizadas para Chatbot, Machine Learning e Reconhecimento Biométrico, respectivamente.

 

Além do aumento nos gastos, o relatório da FGV destaca a evolução no uso de dispositivos digitais, como computadores e smartphones, essenciais para suportar a infraestrutura de TI nas empresas. São 464 milhões de Dispositivos Digitais (computador, notebook, tablet e smartphone) em uso no Brasil (corporativo e doméstico), ou seja, mais de 2 Dispositivos Digitais por habitante.

 

O smartphone domina a maioria dos usos. A pesquisa apontou 1,2 smartphone por habitante. São 249 milhões de celulares inteligentes em uso no Brasil. Adicionando os Notebooks e os Tablets são 364 milhões de Dispositivos Portáteis ou 1,7 por habitante.

 

Os principais projetos de TI são Inteligência Analítica (Analytics) combinada com Inteligência Artificial e implementação e integração de um “novo” ERP. Nas grandes empresas, os temas mais relevantes são: Segurança, Governança de TI, IoT – Internet das Coisas e Migração para a Nuvem. Continua a dificuldade na busca e retenção de talentos de TI e de envolver a TI no apoio para implementação de ESG – Environment, Social and Governance. A necessidade de capacitar a força de trabalho e modernizar sistemas legados é crítica para sustentar esse crescimento e garantir que as empresas possam competir globalmente.

 

A pesquisa da FGV conclui que, embora os desafios persistam, o caminho para a digitalização está pavimentado. As empresas que priorizam a tecnologia e investem na capacitação de seus colaboradores estarão mais bem posicionadas para navegar nas complexidades do mundo digital e colher os benefícios de um mercado em constante evolução.